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"Agressivo e desnecessário", afirma Maia sobre vídeo de hienas de Bolsonaro

Maia criticou vídeo publicado por Jair Bolsonaro no Twitter - Reprodução/GloboNews
Maia criticou vídeo publicado por Jair Bolsonaro no Twitter Imagem: Reprodução/GloboNews

Do UOL, em São Paulo

30/10/2019 09h19

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou como "agressivo e desnecessário" o polêmico vídeo sobre leões e hienas publicado na segunda-feira (28) por Jair Bolsonaro.

Nas imagens, que foram postadas na conta oficial de Bolsonaro no Twitter e apagadas horas depois, o presidente da República é comparado a um leão sendo atacado por hienas, que são descritas como seu próprio partido, o PSL, além de STF, veículos de imprensa, movimento feminista, ONU, OAB, MBL, Greenpeace, Lei Rouanet, CUT e partidos como PT, PSDB e PCdoB.

"Esses vídeos, e tantos outros que atacam as instituições que em algum momento o presidente responsabiliza terceiros, apenas dividem mais o Brasil. Ele [Bolsonaro] ataca de forma generalizada a todos nesta relação do bem contra o mal. 'Eu sou o bem, vocês são o mal. Vocês querem me atacar, eu quero fazer e vocês não querem deixar'. Não é nada disso. Tem que tomar cuidado para um vídeo desse, que é agressivo e desnecessário, não gerar conflitos secundários em um pais que precisa de tanto união para superar as crises", disse Maia durante uma entrevista à Globo News.

Para o presidente da Câmara, a reação do ministro do STF Celso de Mello, que repudiou a publicação, não surpreendeu.

"Óbvio que STF reagiu de forma indignada e acho que alguns partidos citados deveriam ter também uma reação. Não de ataque ao presidente, mas uma crítica sobre os tantos problemas do Brasil. Ele [Bolsonaro] tirou o foco da viagem para a Ásia e para o Oriente Médio, que é o principal".

Na entrevista à emissora, o parlamentar do DEM se mostrou surpreendido ao ver o PSDB surgindo como uma das hienas no vídeo.

"Eu vi lá o PSDB. Poxa, o PSDB tem votado tudo a favor do governo. Eles foram decisivos, não apenas os governadores, como Doria, Azambuja e Eduardo Leite, mas também os deputados. Todo mundo ajuda e de repente vem um ataque desse. O pessoal diz: 'o que nós estamos fazendo aqui?'".