Governo Bolsonaro diz que embaixada foi invadida e nega que soubesse de ato
Luciana Amaral e Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
13/11/2019 11h42Atualizada em 13/11/2019 13h52
Resumo da notícia
- Presidente e filho não usam termo "invasão", citado pelo GSI
- Bolsonaro mudou de posicionamento em publicações nas redes sociais
- Apoiadores de Guaidó entraram hoje na embaixada da Venezuela em Brasília
O governo Jair Bolsonaro, por meio do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), classificou como "invasão" o ocorrido hoje na embaixada da Venezuela em Brasília. A interpretação do episódio, no entanto, causou ruído na comunicação do governo.
Após chamar de "invasão" nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no entanto, apagou seu post no Facebook e publicou um novo com uma mudança de tom, e passou a classificar o ato como "eventos ocorridos".
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) também recuou na nota, mas manteve o termo "invasão". Em uma primeira versão, o texto dizia que a invasão foi comandada "por partidários do Sr. Juan Guaidó". Em uma segunda versão, porém, essa menção foi retirada.
Guaidó é o autoproclamado presidente da Venezuela e é reconhecido pelo governo brasileiro.
"Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela", diz a nota do GSI.
O tom de Bolsonaro no primeiro post (que foi apagado) contrastou com a declaração feita antes por seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), na qual o parlamentar dizia apoiar a invasão.
"Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", escreveu Eduardo em seu perfil no Twitter.