Bolsonaro quebra protocolo, desce rampa do Planalto e fala com visitantes
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quebrou hoje protocolo em evento no Palácio do Planalto para falar com visitantes na Praça dos Três Poderes, área localizada em frente à sede do Executivo federal, em Brasília. Bolsonaro desceu a rampa e cumprimentou algumas pessoas que acompanhavam, pela manhã, a cerimônia da troca da Guarda Presidencial.
O presidente participou do evento ao lado do vice, o general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), do ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos, e de outras autoridades da Presidência.
A cerimônia é realizada a cada seis meses e marca a alternância da segurança dos palácios presidenciais sob responsabilidade do Batalhão da Guarda Presidencial e dos Dragões da Independência. Hoje, os Dragões assumiram a tarefa no lugar do Batalhão. A troca é realizada, ao mesmo tempo, nos palácios da Alvorada, do Jaburu e na Granja do Torto.
Quando o presidente chegou ao alto da rampa do Planalto, ainda dentro do palácio, no início da cerimônia, pessoas do lado de fora começaram a gritar. Bolsonaro, por sua vez, acenou para o grupo, com cerca de 40 integrantes.
Ao fim do evento protocolar dentro do Planalto, o presidente resolveu descer a rampa e atravessar a rua para falar com as pessoas na Praça. O trânsito de veículos foi rapidamente interrompido por seguranças na rua que separa os dois locais.
Bolsonaro participou de selfies com os visitantes e cumprimentou alguns, permanecendo por cerca de quatro minutos ali. Mourão e algumas autoridades também foram à Praça. Em seguida, todos retornaram ao Planalto, subindo a rampa.
Apesar de questionamentos e pedidos, Bolsonaro não falou com jornalistas que estavam no local.
"É impossível tomar pé de tudo"
Mais cedo, Bolsonaro havia participado da abertura de um evento sobre fiscalização e controle do Instituto Serzedello Corrêa, pertencente ao TCU (Tribunal de Contas da União). No palco, havia 19 homens como representantes de instituições e nenhuma mulher.
Em discurso, o presidente disse ter "muita preocupação" em seguir todas as leis e burocracias públicas como chefe do Executivo, pois avaliou ser difícil se manter atualizado com todas as normas e recomendações.
"Todo dia são dezenas de normas novas, novas recomendações. É quase impossível a gente tomar pé de tudo e poder governar dessa maneira", afirmou.
Bolsonaro disse que o governo quer sempre se antecipar a problemas, mas que "muitas vezes somos surpreendidos", sem citar um exemplo específico. Ele afirmou haver colegas seus que saíram de mandatos variados e, muitas vezes por desconhecimento, "se enrolaram com a Justiça".
O presidente ainda disse ser necessário dar garantia jurídica a empresários e investidores no Brasil e elogiou votação do TCU ontem que aprovou a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista em ferrovia.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse ser preciso um Estado centrado em suas instituições e que aja de forma preventiva.
O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário, ressaltou que a falta de governança e a corrupção são os dois principais fatores que travam o desenvolvimento de um país.
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