Deputadas ocupam cadeiras da presidência da Alesp como protesto
Um grupo formado por cinco deputadas de oposição ocupou agora há pouco as cadeiras da mesa diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo.
A iniciativa de Beth Sahão (PT), Monica Seixas (Psol), Professora Bebel (PT), Marcia Lia (PT) e Isa Penna (Psol) é em protesto devido ao fechamento da Assembleia Legislativa por temor de que a casa seja invadida por servidores estaduais, revoltados com a votação da Previdência Estadual.
O novo projeto da previdência estadual aumenta de 11% para 14% o desconto no salário dos servidores. O protesto, segundo a oposição ao governo Doria, é para que o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris, receba os servidores.
A discussão da PEC da reforma da Previdência do estado de São Paulo vem criando conflitos, e ontem terminou em confusão enquanto o deputado Arthur do Val, mais conhecido como 'Mamãe Falei' (sem partido), discursava na tribuna da Assembleia Legislativa.
Após Val chamar petistas e líderes sindicais de "vagabundos", em vários momentos, deputados da bancada do PT e do PSOL subiram à tribuna. Houve trocas de socos e confusão generalizada.
PEC da Previdência
A proposta de reforma da previdência de Doria foi enviada ao Legislativo no último dia 12. A principal mudança na aposentadoria segue os moldes das regras adotadas pelo governo Jair Bolsonaro, instituindo idade mínima nas aposentadorias, de 65 anos, para homens, e de 62 anos, para mulheres. O tempo mínimo de contribuição será de 25 anos. Hoje, a regra para os servidores paulistas é de 30 anos de contribuição com idade mínima de contribuição de 55 e 60 anos para mulheres e homens, respectivamente.
A expectativa do governo paulista é de uma economia de R$ 32 bilhões aos cofres públicos na próxima década. A afirmação foi feita em coletiva de divulgação do projeto.
Doria defende que os méritos da reforma da Previdência realizada pelo governo federal. "Fui o primeiro governador a declarar meu apoio, sem pedir contrapartida, sem nada", afirmou, enquanto elogiava a atuação do Congresso para aprovar a medida. "Foi graças ao trabalho do Rodrigo Maia, do Davi Alcolumbre, dos líderes partidários que tivemos essa aprovação."
Outro lado
Segundo a assessoria do deputado Cauê Macris a Assembleia Legislativa foi fechada apenas temporariamente, por questão técnica, de segurança.
"As deputadas ocuparam porque queriam protestar contra a reforma da Previdência e jamais por conta de fechamento da Alesp", disse a assessoria do presidente da Assembleia.
Segundo a equipe de Macris, o coronel da PM responsável pela segurança da Alesp alegou que foi necessário fechar temporariamente o acesso a Assembleia, mas depois do protesto das deputadas pois os espaços internos tiveram a capacidade ultrapassada. Segundo o deputado, a questão foi técnica, de segurança.
A reportagem do UOL viu um grupo de jovens barrados do lado de fora da Alesp antes do início da audiência sobre o caso Paraisópolis. A audiência começaria às 19h e começou às 20h15 porque vários jovens ficaram retidos do lado de fora da Alesp e só entraram após 19h30, após intervenção de deputadas.
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