Witzel diz que "crise na prefeitura não pode ser resolvida pelo governo"
Resumo da notícia
- "Não tenho como emprestar dinheiro", afirmou Wilson Witzel (PSC)
- Resolução da Secretaria Municipal de Fazenda suspendeu todos os pagamentos
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou hoje não ter como ajudar a prefeitura da capital fluminense, imersa em uma crise financeira. "Não tenho como emprestar dinheiro. O estado está em recuperação fiscal. A crise da Prefeitura do Rio não pode ser resolvida pelo governo. Aliás, é bom lembrar que temos outros municípios para ajudar. O governo federal pode ajudar mais", disse Witzel na manhã de hoje durante café da manhã no qual apresentou um balanço do seu primeiro ano de governo a jornalistas.
Questionado sobre a suspensão de todos os pagamentos e movimentações financeiras da Prefeitura do Rio até segunda ordem, conforme decisão publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Município, Witzel afirmou: "Não vou avaliar a gestão de Marcelo Crivella. O decreto está aí, a crise nos hospitais está aí". Quando perguntado sobre a crise nos hospitais municipais, o governador disse já estar ajudando "dentro do possível".
"Ao longo do primeiro ano da minha gestão foram repassados mais de R$ 500 milhões à saúde dos 92 municípios do estado. Essa descentralização de investimentos já é uma ajuda. Desta forma, o cidadão da Baixada Fluminense ou do interior não precisa recorrer a um hospital da capital, amargar tantas filas", explicou.
O governo fluminense ainda espera a prorrogação do RRF (Regime de Recuperação Fiscal) para não repetir nova crise financeira como ocorreu em 2016. Com uma diferença de R$ 10,7 bilhões entre as despesas fixadas e as receitas estimadas para 2020, o RRF serviria como forma de adiar para 2023, o pagamento das dívidas do estado com a União —que segue como o maior credor do governo do Rio. No total, o estado acumula R$ 6,5 bilhões em dívidas.
Witzel quer lançar ex-magistrado à Prefeitura do Rio
Witzel afirmou que o estado "já passou pela tempestade financeira", em referência ao quadro que encontrou ao assumir o cargo.
"Nossa perspectiva era a de não pagar salários a partir de abril deste ano, tamanho era o rombo que encontramos. Conseguimos pagar os servidores e vamos pagar os salários do ano que vem em dia novamente", afirmou.
O governador diz que vai lançar candidatos a prefeituras do Rio de Janeiro no ano que vem. Além de garantir que continuará no PSC, afirmou que o partido terá candidato próprio à prefeitura da capital. Ele disse ter planos de indicar o nome de um ex-magistrado à corrida eleitoral.
"Fico no PSC, sim. Qualquer nome que tenha sido ventilado até o momento é pura fofoca. Dia desses li por aí que a minha candidata preferida era a juíza Glória Heloiza. Isto não existe. Brinquei com ela sobre a possibilidade, por ser uma mulher conservadora, que gosta de Carnaval e, sim, teria um ótimo perfil. A população espera que magistrados se candidatem, pelo seu intelecto avançado, pelos conhecimentos óbvios em gestão pública. Mas, até o momento, não temos um escolhido", garantiu.
Em relação a uma eventual transferência para o PSL —antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)—, Witzel refutou a possibilidade.
"Até o momento, o que há é uma possibilidade de fusão com o PSC. Isto precisaria ser estudado. Embora conservadores, são partidos com valores diferentes. O que posso garantir é que o PSC terá uma candidatura majoritária à prefeitura da capital. Não apoiaremos candidato de outro partido. Não cogito Eduardo Paes [DEM], como foi veiculado por aí. Sou crítico à gestão dele e acredito que já tenha dado a sua contribuição, deixado problemas suficientes", concluiu.
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