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PGR defende que ex-governador acusado de desviar verba pública fique preso

19.nov.2014 - Ricardo Coutinho (PSB), ex-governador da Paraíba - Pedro Ladeira/Folhapress
19.nov.2014 - Ricardo Coutinho (PSB), ex-governador da Paraíba Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, no Rio

21/12/2019 14h34Atualizada em 21/12/2019 14h37

Resumo da notícia

  • Ricardo Coutinho (PSB-PB) é acusado de chefiar organização criminosa que desviou verba pública
  • Grupo usou mais de R$ 130 milhões destinados à saúde e educação entre 2010 e 2018, diz investigação
  • Duas organizações sociais usadas no esquema receberam R$ 1,1 bilhão dos cofres públicos, diz PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou, hoje, manifestação em que defende a manutenção da prisão preventiva de Ricardo Coutinho (PSB-PB), ex-governador da Paraíba, apontado como um dos principais integrantes de uma organização criminosa acusada de desviar mais de R$ 130 milhões destinados à saúde e educação.

O político foi um dos alvos da sétima fase da Operação Calvário, deflagrada na terça-feira (17).

No documento, a PGR rebate os argumentos apresentados pela defesa do ex-governador, que pediu um habeas corpus para revogar a ordem prisional. A defesa alega que Coutinho não ocupa mais cargo público e que teria rompido a parceria política com João Azevedo, atual governador da Paraíba. No entanto, a PGR informa que as investigações apontam que os crimes foram cometidos entre 2010 e 2018, durante a sua gestão.

De acordo com as investigações, duas organizações sociais usadas no esquema receberam R$ 1,1 bilhão dos cofres públicos nesse período.

A petição também reproduz trechos de conversa entre Ricardo Coutinho e um empresário que estava à frente da Organização Social Cruz Vermelha do Brasil e do Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional.

O diálogo, captado por uma gravação ambiente, evidencia o papel de destaque ocupado pelo então governador na organização criminosa, aponta a PGR. "A influência e a liderança de Ricardo Coutinho são tamanha que todas as contratações de OS questionadas na investigação foram mantidas na gestão do atual governador do estado da Paraíba", afirma o documento.

De acordo com as investigações, os secretários, que integravam a organização, continuaram nos seus postos mesmo após o fim do mandato de Coutinho.