Heleno: Bolsonaro não apoiou volta de ministério, mas tem palavra final
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse estudar a volta do Ministério da Segurança Pública e, consequentemente, diminuir os poderes do ministro da Justiça, Sergio Moro.
"A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do presidente Jair Bolsonaro, e sim da maioria dos secretários de Segurança estaduais, que estiveram em Brasília nesse 22 de janeiro", escreveu Heleno no Twitter. "Em nenhum momento o presidente disse apoiar tal iniciativa."
Segundo o general, Bolsonaro apenas disse que enviaria a proposta a todos os seus ministros, incluindo Moro, e não que a endossa. Heleno ainda acrescentou que o presidente é o "capitão do time" e que, portanto, cabe a ele a palavra final, "mesmo que isso contrarie alguns de seus assessores ou eleitores."
O ministro também lembrou da facada de Bolsonaro, fez críticas ao PT e exaltou a vida política do presidente. "Foi esse capitão que, com risco à própria vida, evitou a volta do PT ao governo com [Fernando] Haddad", disse. "Durante 28 anos, ele [Bolsonaro] conheceu o sistema por dentro e se preparou para derrotá-lo. Isso tudo sozinho", completou.
Heleno, por fim, comparou a questão do Ministério da Segurança Pública à ida do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para o Banco Central, movimento também tido como uma forma de enfraquecer Moro.
"Ou vocês confiam no capitão Jair Bolsonaro, que teve visão e coragem para, sem recursos, enfrentar o sistema e nos dar esperança de mudar, ou continuarão atacando-o e devolverão o Brasil à esquerda em 2023. A Argentina está aí para provar que estou certo", concluiu.
Primeira declaração de Bolsonaro
A promessa de avaliar a recriação do Ministério da Segurança Pública foi feita por Bolsonaro ontem, após um encontro com secretários de Segurança de vários estados, realizado em Brasília.
Além da volta do ministério, secretários também fizeram pedidos como a aplicação de mais recursos, a transferência de bandidos de alta periculosidade para presídios de segurança máxima e diálogo mais próximo e consistente com o Ministério da Justiça. Um documento com as demandas foi entregue pessoalmente a Bolsonaro.
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