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Marcada sabatina de futuro embaixador nos EUA em vez de Eduardo Bolsonaro

Nestor Forster Junior será sabatinado pelo Senado na próxima quinta (13). - MRE/Divulgação
Nestor Forster Junior será sabatinado pelo Senado na próxima quinta (13). Imagem: MRE/Divulgação

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

06/02/2020 11h27Atualizada em 06/02/2020 14h08

A Comissão de Relações Exteriores do Senado marcou para a próxima quinta-feira (13) a sabatina do diplomata Nestor Forster Junior, indicado como o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Forster foi indicado por Bolsonaro após o presidente desistir de um dos próprios filhos para o cargo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em outubro do ano passado.

Embora tenha articulado o máximo possível para ter seu nome aprovado no Senado, como manda a legislação, Eduardo não conseguiu reunir o apoio necessário. Por isso, seu nome acabou nunca sendo formalmente indicado pelo pai.

Quanto a Foster, a tendência é que o diplomata não tenha dificuldades em ser aprovado na comissão por ser um funcionário de carreira do Ministério das Relações Exteriores e ter currículo bem visto pelos parlamentares. O próprio presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), já apresentou parecer favorável à indicação.

Para virar embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Forster precisa ser sabatinado e ter o nome aprovado tanto no colegiado quanto no plenário do Senado.

Atualmente, Forster é o encarregado de negócios na Embaixada nos EUA e, na prática, tem respondido pela representação brasileira.

Quando Jair Bolsonaro fez uma visita oficial a Trump em março deste ano, Forster era o favorito a assumir o posto, um dos mais importantes do Ministério das Relações Exteriores, mas acabou sendo preterido por Eduardo.

À época, Forster buscou reforçar o próprio nome por meio da articulação da viagem e da participação em eventos tanto oficiais, como jantar da delegação brasileira, quanto extraoficiais.

O diplomata chegou a ser nomeado como o número dois do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em Brasília, em dezembro passado, mas o ato foi tornado inócuo dias depois, quando Bolsonaro decidiu indicá-lo embaixador.

O último embaixador brasileiro nos Estados Unidos foi Sérgio Amaral, que saiu do cargo em abril e retornou ao Brasil em junho. O diplomata já estava aposentado quando, a pedido do ex-presidente Michel Temer (MDB), assumiu a embaixada em 2016.

Na próxima quinta-feira, também será sabatinado o diplomata indicado como embaixador do Brasil no Líbano, Hermano Telles Ribeiro.