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Major Olímpio critica atitude de Cid Gomes: "Foi um ato de 'suiCid'"

O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado com um tiro de bala de borracha na tarde desta quarta-feira (19) em meio a um protesto de policiais que reivindicam aumento salarial - Sobral 24 HORAS
O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado com um tiro de bala de borracha na tarde desta quarta-feira (19) em meio a um protesto de policiais que reivindicam aumento salarial Imagem: Sobral 24 HORAS

Colaboração para o UOL

21/02/2020 21h55

Em entrevista hoje ao programa Bastidores do Poder, da rádio Bandeirantes, o senador Major Olímpio (PSL-SP) comentou sobre a reunião no Ceará com objetivo de discutir a segurança pública no Estado e classificou o ato do senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) como suicida.

Gomes foi baleado ao dirigir uma retroescavadeira ao tentar furar o bloqueio de um motim de policiais no 3º Batalhão da Polícia Militar do município de Sobral, que reivindicam aumento salarial.

"Foi um ato de 'suiCid'. O Cid está vivo graças à medicina e a mão de Deus. Muitas vezes nesses movimentos se busca um cadáver, poderia ser um cadáver de um senador. Errados estão nessa situação todos os lados. Não é porque sou senador que eu posso pegar um ônibus, um caminhão de lixo ou uma moto niveladora e partir para cima das instalações do Palácio do Governo ou qualquer instalação de segurança do Estado. Ele foi suicida nesse processo, foi baleado, mas acabou chamando a atenção não somente de todo o Brasil, mas do mundo em relação ao Ceará", disse.

Para amenizar a falta de segurança do Ceará, foram 2,5 mil homens destinados para as ações de polícia ofensiva e 300 homens da Força Nacional. Tropas do Rio Grande do Norte e do Piauí também estão em deslocamento para completar o contingente.

Major Olímpio ressaltou que o exército estará no Estado para focar na ordem da região metropolitana e do município de Sobral.

"A missão do exército não é entrar em confronto com forças policiais militares que possam estar rebeladas. O governador já determinou a suspensão de salários a partir do próximo dia 17 de 270 policiais que foram identificados em participação ou autoria em alguns atos, porém o governo nega a anistia", explicou.

O Major acredita que não haverá uma tolerância maior do governo do Estado nem dentro do campo legislativo.

"A maioria dos governadores diz ser contrários a procedimentos de anistia. O comandante do exército Cunha Bastos disse que acha inconcebível conceder anistia para ações criminosas, mas que precisamos ter o bom senso e fazer uma avaliação da graduação e individualização da conduta. Existem condutas que não são criminosas que vão carecer de uma punição administrativa e nós vamos ter punições que devam ser objeto de condenação penal", complementou.