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Assessoria de Sergio Moro volta atrás na investigação de Lula pela LSN

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro - Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro Imagem: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

24/02/2020 13h30

A assessoria do Ministério da Justiça pediu desculpas neste domingo (24) por informação equivocada prestada dias atrás segundo a qual o ministro Sergio Moro teria pedido uma investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) baseada na Lei de Segurança Nacional (LSN).

Lula afirmou, em um vídeo, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era "um miliciano" e o associou à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).

"Não é possível que um país do tamanho do Brasil tenha o desprazer de ter no governo um miliciano, responsável direto pela violência contra o povo pobre, responsáveis pela morte da Marielle, responsáveis pelo impeachment da Dilma, responsáveis por mentir a meu respeito", afirmou o ex-presidente.

Com base num vídeo do petista publicado em rede social de um político bolsonarista, Moro requisitou uma investigação ao o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Segundo documento divulgado apenas nesta segunda-feira (24), o ex-juiz da Operação Lava Jato argumentou que "Lula calunia o presidente da República atribuindo-lhe falsamente responsabilidade específica por crime de assassinato, além de injuriá-lo qualificando-o como 'miliciano'".

No entanto, o Ministério da Justiça havia divulgado que Moro solicitara investigação com base na Lei de Segurança Nacional.

"A informação sobre a LSN foi repassada de forma equivocada aos jornalistas, devido a um erro interno do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pelo qual pedimos desculpas", informou a assessoria do ministro hoje.

O pedido de investigação foi feito por Moro em 22 de novembro de 2019. Ele ainda comunicou oficialmente o presidente Jair Bolsonaro da solicitação de apuração.

Na semana passada, Lula foi ouvido a respeito dos fatos pela Polícia Federal.