Alcolumbre alfineta Bolsonaro sobre protestos; Maia vê "atentado à saúde"
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre chamou de "inconsequente" estimular aglomerações durante uma pandemia e disse que é preciso seguir à risca as orientações do Ministério da Saúde.
"É hora de amadurecermos como Nação. Com a pandemia do coronavírus fechando as fronteiras dos países e assustando o mundo, é inconsequente estimular a aglomeração de pessoas nas ruas", disse em nota enviada à imprensa.
"Convidar para ato contra os Poderes é confrontar a Democracia", acrescentou. "É tempo de trabalharmos iniciativas políticas que, de fato, promovam o reaquecimento da economia, criem ambiente competitivo para o setor privado e, sobretudo, gerem bem-estar, emprego e renda para os brasileiros."
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também comentou sobre as manifestações de hoje pelo país. Ele chamou de "atentado à saúde pública" o fato do presidente, Jair Bolsonaro, ter participado dos atos e apertado a mão de participantes.
"Por aqui, o presidente da República ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do ministério, fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas. Isso é um atentado à saúde pública que contraria as orientações do seu próprio governo. A economia mundial desacelera rapidamente; a economia brasileira sofrerá as consequências diretas", disse Maia.
"O Presidente da República deveria estar no Palácio coordenando um gabinete de crise para dar respostas e soluções para o País. Mas, pelo visto, ele está mais preocupado em assistir as manifestações que atentam contra as instituições e a saúde da população", disse ainda. Para Maia, a situação é preocupante. "Somos maduros o suficiente para agir com o bom senso que o momento pede", afirmou.
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