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Dilma, Doria e Haddad atacam Eduardo Bolsonaro por declaração sobre China

Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo
Imagem: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

19/03/2020 11h25

Diversos políticos criticaram, com mensagens no Twitter, a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro sobre a postura inicial da China em relação ao novo coronavírus. O filho do presidente Jair Bolsonaro culpou o que chamou de "ditadura chinesa" pela pandemia da covid-19.

A ex-presidente da República, Dilma Rousseff, falou em "agressão injusta, absurda e subalterna" e disse que a China está ajudando os outros países que estão lidando com o problema.

"Devemos desculpas à China pela agressão injusta, absurda e subalterna do subserviente e frustrado candidato a embaixador nos EUA. A iniciativa da China de enviar à Itália médicos, materiais e equipamentos é um exemplo de relação solidária entre nações civilizadas", escreveu.

Já o governador de São Paulo, João Doria Jr, manifestou solidariedade ao povo chinês e disse que a declaração foi irresponsável.

"Lamentável e irresponsável a declaração feita pelo filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, sobre a China", escreveu.

"Além do absurdo de minimizar a pandemia e convocar manifestações, ignorando protocolos mundiais de saúde, colocando em risco milhares de vidas, agora ele envergonha os brasileiros com declaração preconceituosa sobre o mais importante parceiro comercial do Brasil. Minha solidariedade ao povo chinês pela luta contra o coronavírus e pelas vidas perdidas", completou.

Por fim, o candidato à presidência pelo PT nas eleições de 2018, Fernando Haddad, falou em cassação do deputado.

"A primeira providência para salvar o país é cassar o deputado Bolsonaro por falta de decoro, de senso, de inteligência. Teríamos uma chance de minimizar os enormes danos já causados pela sua família. Uma crise com o principal parceiro comercial é tudo o que o país não precisa!", escreveu.

Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já tinha repudiado a declaração de Eduardo Bolsonaro.