Rio vai reavaliar medidas contra o coronavírus em 4 de abril, diz Witzel
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou hoje que programa reavaliar as medidas de bloqueio de circulação e fechamento de estabelecimentos comerciais no dia 4 de abril. Ele justificou a decisão para ter um prazo para acompanhar o comportamento da curva de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, bem como o número de mortos.
"Vamos ter seis hospitais de campaha com 200 leitos cada, totalizando 1200 vagas. Apenas depois de 4 de abril poderemos fazer uma avaliação mais precisa sobre o achatamento da nossa curva, e sobre a possibilidade de hospitalizar todos", avaliou Witzel. "Teremos condições de avaliar melhor e fazer ajustes na nossa atividade produtiva. Não queremos quebrar o Brasil ou exterminar empregos, mas preservar vidas. Será muito difícil se amanhã tivermos que escolher quem vive e quem morre".
Ao citar que nã quer "quebrar o Brasil" ou "exterminar empregos", Witzel faz referência às seguidas declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), que tem defendido o retorno das aulas em escolas e universidades, assim como a retomada das atividades econômicas, isolando apenas idosos e demais pessoas em grupos de risco para o coronavírus. A orientação, contudo, contraria a visão de grande parte dos médicos, cientistas e mesmo do Ministério da Saúde.
Como forma de compensar as perdas financeiras de famílias nas faixas de pobreza, extrema pobreza e baixa renda, o governador anunciou a realização de um mutirão humanitário para a distribuição de cestas básicas. A medida terá como foco os inscritos no CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal e terá como foco inicial 1 milhão de famílias da capital, da Baixada Fluminense e dos municípios de São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana.
O governo fará um aporte inicial de R$ 100 milhões na iniciativa, que contará com apoio das prefeituras e de entidades da sociedade civil na distribuição dos alimentos. Ele destacou que isso será feito sem aglomerações.
"O coronavírus não tem somente na saúde sua face mais cruel. Mas também acompanha a pandemia a questão humanitária. Aqueles que mais precisam não terão como se sustentar", disse
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