Bolsonaro: Brasileiro tem que ser estudado. Pula no esgoto e nada acontece
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), reagiu de forma no mínimo inusitada ao comparar a situação do Brasil com a dos Estados Unidos no combate à pandemia do novo coronavírus, durante entrevista realizada na porta do Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde de hoje.
"Eu acho que não, não vamos chegar a esse ponto [tantos casos quanto os Estados Unidos], até porque o brasileiro tem que ser estudado. O cara não pega nada. Eu vi um cara ali pulando no esgoto, sai, mergulha... Tá certo?! E não acontece nada com ele", disse Bolsonaro.
O presidente voltou a criticar governadores por terem determinado a quarentena e o fechamento do comércio em várias cidades do Brasil.
"Alguns prefeitos e governadores erraram na dose. Foi uma catástrofe. O turismo passou para 0. Ninguém faz mais turismo. A rede hoteleira está em 10% de sua capacidade. Olha a desgraça que está aí", reclamou. "Agora não existe mais diarista, não existe mais manicure, [motorista de] Uber não funciona. Não dá para entender que essa onda é muito mais preocupante do que a doença?", pontuou.
Questionado sobre o resultado de seu exame para coronavírus, Bolsonaro respondeu em tom irritado a um repórter. "Você dorme comigo? Para quê você quer saber? Eu estou bem. Não estou infectado, a minha palavra vale mais do que um papel."
Após viagem aos Estados Unidos, no início do mês, 23 pessoas da comitiva brasileira teriam testado positivo para coronavírus. Bolsonaro disse ter feito dois testes, sempre negativo, mas nunca mostrou o documento.
Número de mortes cresceu
O Ministério da Saúde anunciou hoje, em coletiva de imprensa, que subiu para 77 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil — 20 vítimas nas últimas 24 horas. No total, são 2.915 casos oficiais no país.
De acordo os dados, este é o pico de mortes e infectados em apenas um dia no país. Ontem, o ministério indicava 57 vítimas e 2.433 casos — 482 a menos de diagnosticados com a doença.
O número de infectados em todo o mundo rompeu a barreira do meio milhão na tarde de hoje, segundo dados atualizados em tempo real pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. São 22.993 vítimas fatais da covid-19 entre 510.108 pacientes, com uma taxa de letalidade global de 4,5%.
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