Coronavírus: Bolsonaro vai do céu ao inferno em horas, diz governador do ES
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "vai do céu ao inferno e do inferno ao céu em questão de horas". A declaração foi dada após Bolsonaro compartilhar -e depois apagar- um vídeo com uma fake news sobre um suposto desabastecimento do Ceasa de Minas Gerais, menos de 12 horas depois de pedir um pacto nacional em pronunciamento ao país.
"Tem uma dificuldade da parte dele (Bolsonaro) de buscar consenso. Hoje cedo, ele compartilhou esse vídeo", disse o governador do Espírito Santo, lembrando que na noite de ontem o presidente falou em rede nacional que gostaria de fazer um pacto nacional para enfrentar a crise da pandemia de coronavírus.
"Pessoalmente, ele não pode se manifestar, mas se manifesta no enfrentamento, no confronto. O presidente vai do céu ao inferno e do inferno ao céu em questão de horas. Isso atrapalha a coordenação. A palavra dele ontem, nós estamos perfeitamente a disposição", acrescentou.
Casagrande falou sobre o presidente no UOL Debate de hoje, que reuniu três chefes de governo de estados brasileiros: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; e Mauro Mendes (DEM), do Mato Grosso.
A posição do Rio Grande do Sul
Embora menos crítico, Eduardo Leite reforçou o discurso pedindo trabalho conjunto no combate, mas com a liderança de Bolsonaro.
"Acho que é fundamental haver coordenação de esforços. Trabalhamos juntos", afirmou o governador gaúcho. "Nós queremos o presidente da República do nosso lado, liderando. A coordenação de todos esses agentes é fundamental para os quais devem se dirigir todas as políticas públicas", acrescentou.
A posição de Mato Grosso
Posição semelhante foi defendida por Mauro Mendes, do Mato Grosso.
"Todos nós precisamos que ele [presidente] aponte os caminhos corretos, una o Brasil e não aponte caminhos distintos", disse o político do DEM. "Estou disposto a não só colaborar com nosso presidente, mas com o país", acrescentou.
Apesar de desavenças com o presidente, houve elogios ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. "O ministro Mandeta faz um trabalho importante, mas a liderança do presidente é indelegável", disse Eduardo Leite. "Só ele é que pode liderar, nós precisamos dessa liderança e tem que ser em sinergia com as recomendações dos especialistas", completou.
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