Bolsonaro vê carreatas como "reação" e associa desemprego a isolamento
Sempre crítico à quarentena como medida de contenção do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu hoje o aumento do desemprego ao isolamento social em estados e municípios, culpando indiretamente os governadores pela crise.
Sem citar nomes e/ou apresentar provas que corroborassem a sua tese, o mandatário voltou a mandar recados para os governadores que adotam medidas de restrição social, em especial João Doria (PSDB-SP), e Wilson Witzel (PSC-RJ).
A dupla, que tem protagonizado duelos na mídia com o presidente desde o início da crise, cogitou ordenar que as polícias estaduais dessem voz de prisão a quem desrespeitasse a quarentena. A iniciativa, até o momento, não foi adotada nem em São Paulo nem no Rio.
Em mensagem publicada no Twitter, Bolsonaro afirmou: "Além do vírus, agora também temos o desemprego, fruto do 'fecha tudo' e 'fica em casa', ou ainda o 'TE PRENDO' [sic]. Para toda ação desproporcional a reação também é forte. O governo federal busca o diálogo e solução para todos os problemas, e não apenas um".
O texto é acompanhado de um vídeo que mostra populares insatisfeitos com um suposto bloqueio de uma rodovia no Pará. Nas imagens, com narração em off, um homem declara apoio ao presidente e culpa o governador Helder Barbalho (MDB) pela situação.
O mandatário também exalta a "reação forte" por parte da população que se diz insatisfeita com o isolamento. Ontem (12), dezenas de apoiadores do presidente da República foram às ruas em carreatas nas zonas oeste e sul de São Paulo para protestar contra as medidas do estado e criticar a China e as TVs Globo e Bandeirantes.
Este é apenas mais um capítulo na longa lista de embates entre Bolsonaro e os chefes dos Executivos estaduais. O presidente tem defendido a retomada da normalidade no país, na contramão das orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e dos alertas quanto à gravidade da pandemia.
Por outro lado, a maioria dos governadores tem adotado medidas que vão ao encontro da posição de autoridades sanitárias em todo o planeta e referendadas pelo Ministério da Saúde do próprio governo.
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