Silvio diz que jamais se colocaria contra decisão do "patrão" Bolsonaro
Silvio Santos afirmou que jamais se colocaria contra decisão de seu "patrão", o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), ao rebater nota da revista Veja, que diz que o apresentador e dono do SBT estaria indicando nome para o lugar do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"A minha concessão de televisão pertence ao governo federal e eu jamais me colocaria contra qualquer decisão do meu "patrão" que é o dono da minha concessão. Nunca acreditei que um empregado ficasse contra o dono, ou ele aceita a opinião do chefe, ou então arranja outro emprego", afirmou Silvio, em nota, ressaltando ainda que ele "não se mete em questões políticas".
Segundo a publicação, "importantes apoiadores de Jair Bolsonaro no meio empresarial e na comunidade judaica já haviam fechado apoio em torno do oncologista Nelson Teich para o lugar de Mandetta".
Mas foi aí que o dono do SBT teria entrado na história e sugerido que o presidente entrevistasse e considerasse "a indicação do diretor do Conselho do Hospital Albert Einstein, Cláudio Lottenberg, ao cargo".
Mandetta foi demitido pelo presidente Bolsonaro, agora à tarde, em decorrência de divergências na estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus. Funcionários do ministério da Saúde ouvidos pela reportagem do UOL afirmaram nesta tarde que o oncologista Nelson Luiz Sperle Teich aceitou a vaga deixada hoje por Luiz Henrique Mandetta (DEM).
A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas Mandetta foi às redes sociais anunciar que deixa o governo Bolsonaro.
Análise publicada por Maurício Stycer, colunista do UOL, indica que, "como outros empresários do ramo da comunicação, Silvio Santos sempre cultivou boas relações com políticos e frequentemente os bajulou".
"Desde 1970, pelo menos, quando se reuniu com o general Garrastazu Médici para pleitear a concessão do canal Excelsior, Silvio manteve contatos com todos os presidentes do Brasil. O encontro com Bolsonaro, [realizado em maio do ano passado] é apenas mais um na galeria de afagos do dono do SBT ao poder nos últimos 49 anos."
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