Freixo diz que vai à Justiça impedir Ramagem no comando da Polícia Federal
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou hoje que vai recorrer à Justiça para impedir que o ex-chefe de segurança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), delegado Alexandre Ramagem, assuma o comando da Polícia Federal.
Ramagem, que chefiou a segurança de Bolsonaro em sua campanha presidencial, é hoje diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e principal cotado para o cargo de diretor-geral da PF.
O posto está vago desde que o presidente exonerou Maurício Valeixo, uma indicação de Moro. Essa foi a razão pela qual o ex-juiz deixou o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública na manhã de ontem.
"Estou apresentando uma ação para impedir que Alexandre Ramagem assuma a chefia da Polícia Federal. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018 e é amigo dos filhos do presidente. Jair quer transformar a PF numa polícia política a serviço do clã. Não vamos deixar", escreveu Freixo em uma rede social.
Ramagem é ligado aos filhos de Bolsonaro
Ao deixar o ministério, Moro acusou o presidente de querer ter acesso a investigações sigilosas e disse que Bolsonaro lhe confidenciou estar preocupado com inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).
Moro não mencionou os filhos do presidente em seu discurso, mas, segundo o jornal Folha de S.Paulo, Alexandre Ramagem é homem de confiança de seus filhos.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) esteve diretamente à frente da decisão que o levou ao comando da agência de inteligência em junho passado.
O aval do "filho 02" foi conquistado durante a crise política que levou à saída do ex-ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz.
Os filhos do presidente são investigados por diferentes instâncias.
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