Doria critica agressões à imprensa e profissionais da saúde: 'Milicianos'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou hoje as agressões feitas contra profissionais da saúde e jornalistas durante manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que aconteceram no último fim de semana. Ele chamou os agressores de "milicianos ideológicos" e afirmou que confrontar a democracia é aplaudir a ditadura.
"Neste último final de semana, o Brasil mais uma vez viu manifestação de milicianos ideológicos que em várias cidades fizeram carretas, buzinaços, carreatas. Proferiram palavrões e agressões a líderes da política, e principalmente profissionais da saúde, que foram agredidos com socos e pontapés. E ontem aconteceu mais uma vez com jornalistas, em especial um fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo que foi covardemente agredido", disse.
Uma das alegações dos manifestantes é que eles defendem o Brasil e se intitulam patriotas ao defender o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Mas Doria afirmou que não são verdadeiros defensores do país.
"Queria manifestar, como governador de São Paulo, a esses milicianos fantasiados de patriotas que estimulam e empregam agressões contra profissionais da saúde e jornalistas: vocês não representam os verdadeiros patriotas. Vocês representam o ódio, a incapacidade de compreender a situação difícil e dramáticas que passamos nesse momento."
Doria disse que as pessoas que confrontam a democracia estimulam um pensamento único.
"Confrontar a democracia é aplaudir a ditadura, é estimular um pensamento único, sem contestação. E disso os brasileiros de bem não têm saudade", afirmou.
As declarações do governador são uma resposta ao pronunciamento do presidente que desceu a rampa do Palácio do Planalto para estar com os manifestantes no final de semana. Bolsonaro também falou que o povo está com ele.
Perguntado sobre impeachment, o governador disse que está concentrado na crise da covid-19 e que o tema fica a cargo do Congresso Nacional.
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