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TSE vai ouvir Bolsonaro em decisão sobre acesso a inquérito das fake news

22.mai.2020 - Aos gritos e palavrões, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concede entrevista em frente ao Palácio da Alvorada - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
22.mai.2020 - Aos gritos e palavrões, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concede entrevista em frente ao Palácio da Alvorada Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

29/05/2020 17h29Atualizada em 29/05/2020 17h37

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Og Fernandes deu três dias de prazo para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifeste sobre o pedido do PT para que a Justiça Eleitoral possa utilizar informações do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura supostas ameaças aos ministros da corte.

No TSE, Bolsonaro é alvo de duas ações que pedem a cassação da chapa que o elegeu por suspeitas de que disparos em massa no WhatsApp foram financiados de forma ilegal em sua campanha.

As ações foram movidas pelo PT, partido derrotado no segundo turno em 2018.

A sigla quer ter acesso à investigação do Supremo que apura a veiculação de notícias falsas e ameaças a ministros do STF. O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito, determinou a quebra do sigilo bancário de empresários bolsonaristas.

O objetivo do PT é saber se a investigação no STF sobre o apoio a uma suposta rede de ataques ao Supremo tem relação com as acusações de financiamento de disparos em massa nas eleições de 2018.

O ministro Og Fernandes, relator das ações na corte eleitoral, deverá decidir sobre o pedido do partido somente após receber as manifestações das outras partes no processo.

Além de Bolsonaro, o ministro do TSE também pediu a manifestação do vice-presidente Hamilton Mourão, de empresários investigados nas ações e do Ministério Público Eleitoral.