"Onde querem sacanagem, tiram militar de fora", diz Bolsonaro
Jair Bolsonaro (sem partido) não participou das manifestações que dividiram a Esplanada dos Ministérios nesta manhã, em Brasília. Por volta de meio-dia, o presidente saiu do Palácio da Alvorada e, sem máscara, cumprimentou apoiadores que estavam do lado de fora. Em diálogo com um apoiador, que pedia uma conversa com a sociedade civil para assuntos relacionados à Amazônia, o presidente disse que a expressão não deveria ser usada, pois foi inventada "para tirar militar de fora".
"Vamos corrigir, não tem sociedade civil, tem sociedade. Aqui é uma sociedade só. Isso inventaram para tirar militar de fora. Onde querem sacanagem, tiram militar de fora", disse.
Após 20 minutos de conversa com apoiadores, o presidente retornou à residência oficial.
Bolsonaro tem sido criticado por opositores pela nomeação de militares em diferentes áreas do governo, principalmente no Ministério da Saúde. Em meio à pandemia do novo coronavírus, a pasta está sendo comandada pelo general Eduardo Pazuello, com militares em outros postos chave do ministério.
A um grupo de eleitores do estado do Amazonas que criticavam a atuação do Ibama, Bolsonaro disse que o governo está "preocupado". Ele voltou a dizer que índios são utilizados como "massa de manobra" por organizações não-governamentais e países interessados na região.
"A Amazônia é visada pelo mundo todo, não é à toa que tem várias ONGS lá, não é de hoje. Pretendem nos tornar mais fracos na Amazônia. Vários países estão de olho é na riqueza e diversidade que tem lá. Eu dei um freio de arrumação. Todo mundo aqui é favorável a índio, que é nosso irmão, mas o índio sempre foi massa de manobra nessas questões aí", disse Bolsonaro.
Em novo ataque a meios de comunicação, o presidente disse que "a imprensa é desonesta". "Tem imprensa ouvindo aqui e eu não posso ficar muito à vontade. Você entende o que estou fazendo aqui e o que eu não estou fazendo", disse a um apoiador.
Bolsonaro comentou, ainda, a prisão de um ex-secretário estadual em Santa Catarina, Douglas Borba, em uma operação que investiga a compra, sem licitação e com pagamento adiantado de R$ 33 milhões, de 200 respiradores usados no tratamento da covid-19. "Roberto Jefferson falou do Covidão", disse o presidente, citando o ex-deputado condenado no mensalão e, agora, seu aliado.
Com informações da Estadão Conteúdo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.