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Exoneração de Regina Duarte da secretaria de Cultura é publicada no DOU

Regina Duarte discursa durante sua posse como secretária da Cultura - Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress
Regina Duarte discursa durante sua posse como secretária da Cultura Imagem: Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress

Eduardo Lucizano

Do UOL, em São Paulo

10/06/2020 01h37

A atriz Regina Duarte foi exonerada do cargo de secretária especial de Cultura do Ministério do Turismo. A informação foi publicada na edição desta madrugada do Diário Oficial da União (DOU) e é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

O anúncio da saída da atriz aconteceu em 20 de maio. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que Regina estava com saudade da família e que a mudança seria para o "bem" dela, em respeito ao "passado" da atriz — que encerrou um contrato de mais de 50 anos com a TV Globo para virar secretária — e "por tudo o que representa para todos nós". Regina disse que assumiria cargo na Cinemateca.

Até o momento, não foi oficializado o nome de um substituto para a vaga. O nome mais cotado para o cargo é o do ator Mário Frias. Nos últimos dias, Frias chegou a demonstrar apoio e publicar uma imagem ao lado do ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Regina Duarte se manifestou sobre a saída na semana passada por meio de um texto publicado em suas redes sociais.

"E por falar em Cultura... Aceitei assustada o convite para a missão. Aceitei por amor ao meu país, por paixão irrefreável por Arte e Cultura, por confiança no governo Bolsonaro. Aceitei porque muita gente, muita gente mesmo, quando cruzava comigo, em qualquer lugar, com o olho brilhando de esperança, dizia: 'Aceita, Regina!'", escreveu a atriz.

Ela deixou a Globo para assumir o cargo no governo Bolsonaro e é entusiasta do presidente. No entanto, a atriz sofreu desgaste na pasta e foi fritada pelo presidente Bolsonaro no tempo em que permaneceu na função. Ela não tinha apoio entre os pares da classe artística e foi criticada quando relativizou a tortura e minimizou mortes ocorridas durante a ditadura militar, em entrevista à CNN Brasil.