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Joice Hasselmann diz que Bolsonaro é "beligerante e desinteligente"

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), em entrevista no estúdio do UOL/Folha, em Brasília - Kleyton Amorim/UOL
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), em entrevista no estúdio do UOL/Folha, em Brasília Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

14/06/2020 13h11

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-aliada de Jair Bolsonaro (sem partido), chamou o presidente de "desinteligente" e disse que se afastou dele por causa da interferência do "gabinete do ódio". A declaração foi dada em debate ao vivo no canal GloboNews, no sábado (13).

Acusada de produzir fake news por meio de perfis falsos nas redes sociais, a deputada afirmou que virou alvo preferencial de bolsonaristas depois que rompeu com o governo. Hasselman disse que há um núcleo comandado pelo vereador Carlos Bolsoanro (Republicanos-RJ), filho do presidente, que faz ataques virtuais a adversários e exerce grande influência no Palácio do Planalto.

"Um dos pontos que me fez realmente me afastar do presidente Bolsonaro é a interferência que esse gabinete do ódio tinha nas ações presidente", afirmou. "O presidente já é beligerante, é desinteligente. Ele não é um homem de diálogo."

Joice Hasselmann apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro e foi líder do governo no Congresso até outubro de 2019. Neste sábado, ela afirmou que um dos motivos de ter rompido com o governo foi a pressão para que ela fosse contrária à investigação de corrupção contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

"Então acabou que ficou inviável até que presidente queria que eu defendesse o filho dele, Flavio Bolsonaro, que todo mundo sabe está até o pescoço com esquema de corrupção, rachadinha. E eu não fiz isso. Como líder do governo, dei declarações defendendo a investigação", afirmou a deputada.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.