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Maia ironiza viagem de Weintraub: 'acho que é uma coisa meio atabalhoada'

"Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo", disse presidente da Câmara - Adriano Machado
"Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo", disse presidente da Câmara Imagem: Adriano Machado

Do UOL, em São Paulo

23/06/2020 15h20

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a demonstrar incômodo com a ida de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, para os Estados Unidos.

Weintraub chegou no sábado (20) a Miami, mesmo dia em que foi exonerado. A data do decreto foi retificada hoje, antecipando em um dia a exoneração do então ministro, que foi indicado pelo Palácio do Planalto a uma vaga no Banco Mundial, em Washington.

"Ele estava fugindo de alguém? Estranho, né? Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo. Geralmente é ao contrário: as pessoas fogem porque estão sendo perseguidas por um governo", disse Maia hoje, em entrevista coletiva.

"Acho que é uma coisa meio atabalhoada. Não faz muito sentido. Ninguém está sentindo falta dele no Ministério da Educação, ninguém queria que ele ficasse no Brasil de qualquer jeito, porque, de fato, é uma pessoa que mais atrapalhou do que ajudou", acrescentou.

"Não entendi essa necessidade toda de se criar um ambiente para ele sair correndo do Brasil, até porque ele está sendo indicado para um banco internacional, certamente ele teria autorização dos Estados Unidos. Não entendi, uma confusão que não consegui compreender o objetivo dela", completou o deputado federal.

Na última semana, Maia já havia ironizado a ida do ex-ministro ao Banco Mundial. "Não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009", disse.

Sobre a saída de Weintraub do ministério, Rodrigo Maia disse esperar por um novo titular "comprometido com a educação". "Espero que possa ficar melhor. Estava muito ruim o Ministério da Educação", analisou.