Ex-governador Robinson Faria é denunciado por desvios na Assembleia do RN
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou o ex-governador Robinson Faria e outras dez pessoas por suspeitas de participação em um esquema de desvio de dinheiro envolvendo funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Segundo a Promotoria, foram desviados cerca de R$ 3,7 milhões por meio de funcionários fantasmas inseridos na folha de pagamentos da Assembleia. Esses servidores, que efetivamente não trabalhavam, devolviam a maior parte do salário recebido para servidores da Assembleia integrantes do esquema criminoso, segundo afirma o MPRN na denúncia.
A devolução de parte do salário por servidores ficou conhecida como a prática da "rachadinha".
Investigações do Ministério Público em outros estados miram suspeitas semelhantes na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e atingem o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi deputado estadual no Rio entre 2003 e 2018. Flávio nega irregularidades.
Os fatos investigados no Rio Grande do Norte ocorreram entre 2008 e 2010, quando Robinson Faria era deputado estadual e presidiu a Assembleia Legislativa. Faria governou o estado entre 2015 e 2018. O ex-governador é pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria.
A denúncia é resultado da operação Croupier, deflagrada pelo Ministério Público em junho do ano passado. A ação foi um desdobramento da operação Dama de Espadas, que também apurou fraudes na Assembléia do estado.
Em nota, a defesa de Robinson afirmou que a denúncia não apresenta provas contra o ex-governador e defende a legalidade da atuação de Faria à frente da Assembleia Legislativa.
"Mais uma vez, o Ministério Público tenta criminalizar a atuação absolutamente lícita de Robinson Faria enquanto Presidente da ALRN. Através de uma nova denúncia incapaz de descrever qualquer conduta criminosa por parte de Robinson, a acusação demonstra novamente toda sua determinação em vinculá-lo a qualquer custo a imaginadas irregularidades ocorridas entre os anos de 2008 e 2010. Esta Defesa tem total confiança de que esta nova acusação, absolutamente infundada, será rejeitada pelo Poder Judiciário", diz a nota assinada pelos advogados José Luis Oliveira Lima e Daniel Kignel.
A denúncia do MPRN foi recebida pelo juiz Ivanaldo Bezerra Ferreira dos Santos, da 6ª Vara Criminal de Natal, que determinou a abertura de processo penal contra o ex-governador e os demais investigados.
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