Associação de Procuradores da República rebate críticas de Aras à Lava Jato
A ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) rebateu hoje as críticas do procurador-geral da República à Operação Lava Jato.
Para a Associação, o discurso do PGR feito em live para o Grupo Prerrogativas, composto por advogados criminalistas, é "destrutivo e não construtivo".
"No que concerne especificamente à Operação Lava-Jato, umas das maiores operações anticorrupção desenvolvidas no país, não custa enfatizar que, apesar dos trabalhos correicionais efetivados, nenhuma irregularidade restou identificada", diz nota divulgada pela organização.
Para a ANPR, a alegação de Aras é "genérica": "Além de desprestigiar os órgãos correicionais que acompanham, rotineiramente, os referidos trabalhos, coloca em indevida suspeição os esforços desenvolvidos por todos os membros que compõem as forças-tarefas, não contribuindo em nada para o aperfeiçoamento do debate travado sobre a evolução do modelo instituído".
Durante a live realizada na noite de ontem, Aras afirmou que a Lava Jato é uma "caixa de segredos" com "50 mil documentos sob opacidade".
"Estamos falando da transparência que estamos a promover. Todo o Ministério Público Federal, no seu sistema único, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas lá com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios", acusou o procurador-geral da República.
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