Lula: 'É plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou hoje que o partido pode não ter um candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. No entanto, o petista declarou que cabe a outras siglas apresentar "um candidato maior que o PT", ou então as legendas "não têm a menor chance".
"Acho plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência. O PT pode ter candidato a vice. O PT pode ser candidato a outra coisa. Isso é plenamente possível", declarou em entrevista concedida ao canal da TV Democracia.
Não podem querer que o PT abra mão dessa grandeza que o povo lhe deu a troco de nada. Ou apresenta um candidato maior do que o PT ou não tem chance"
Lula
O petista sinalizou que não adianta apoiar o candidato de um partido se não há chances de ele chegar à disputa de segundo turno: "Tem que passar no primeiro turno, tem que passar no Enem. Não pode um partido que tem, no começo de uma campanha, 30% [de intenção de votos], abrir mão [de candidatura] a troco de quê?", questionou.
Lula também evitou responder diretamente se pretende candidatar-se à presidência novamente em 2022.
"Não sei. Nunca vou dizer que sou ou o que não sou. Vou deixar chegar 2022, saber como estou, como está meu joelho, se não estou impedido de fazer alguma coisa. A única coisa que posso dizer com toda a força do meu coração, é que estou disposto a lutar, não sei não lutar, não sei ficar parado, não me conformo com o Brasil estar onde estar."
Lula evita comparações com Argentina
Lula respondeu à pergunta sobre a situação política da Argentina, na qual a ex-presidente Cristina Kirchner aceitou ser vice de Alberto Fernández, apontando que a relação entre os esquerdistas no país vizinho é mais harmônica do que em solo brasileiro.
"A diferença entre Brasil e Argentina é que todo mundo é peronista. É como se fosse uma família grande de 50 pessoas que as pessoas brigam e acabam fazendo as pazes", disse Lula.
O ex-presidente também disse que Fernández era próximo do marido de Kirchner (Néstor Kirchner, presidente argentino entre 2003 e 2010) e que dissidências entre o político e Cristina foram resolvidos a tempo das eleições.
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