Revista: Supostos funcionários fantasmas dos Bolsonaros ganharam R$ 29,5 mi
Um levantamento da revista Época apontou que supostos funcionários fantasmas da família Bolsonaro receberam R$ 29,5 milhões em salários do total de R$ 105,5 milhões pagos entre 1991 e 2019 — os valores foram corrigidos pela inflação do período.
De acordo com a publicação, 28% do total pago a 286 funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo foram depositados na conta de servidores com indícios de que não trabalharam.
Segundo o levantamento da revista, ao menos 39 pessoas possuem indícios de que não trabalharam de fato nos cargos nos gabinetes e tinham outros empregos, como Nathalia Queiroz, filha do ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado sobre suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual do Rio. A Época publicou que Nathalia, que é personal trainer, recebeu R$ 1,3 milhão, mesmo valor recebido por sua mãe, que se declarava cabeleireira.
Ainda de acordo com a revista, os 39 receberam um total de 16,7 milhões em salários brutos, o equivalente a R$ 29,5 milhões em valores corrigidos pela inflação, durante os trabalhos com a família Bolsonaro.
São 17 pessoas do gabinete de Flávio; 10 no de Carlos, que também é investigado pelo Ministério Público; três no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro; outras nove pessoas passaram por diferentes gabinetes da família.
O UOL tenta contato com as defesas de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro.
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