Relator de impeachment de Witzel vê situação 'difícil de ser revertida'
O deputado estadual Rodrigo Bacelar (Solidariedade) afirmou que vê como "muito difícil" que se reverta a situação do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e que ele se livre do impeachment.
Bacelar é relator da comissão especial do processo de impeachment na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), e disse, em entrevista à CNN Brasil, que "há um indicativo de que o parlamento entende como sérias as acusações que pairam sobre Witzel e entendo que a situação para a próxima semana é muito difícil de ser revertida".
Na última quinta-feira (17), a comissão responsável pelo processo de impeachment na Alerj aprovou por unanimidade o relatório que aponta supostas irregularidades em compras e renovações de contratos para a área da saúde durante a pandemia do coronavírus. Os 24 deputados da comissão presentes à sessão foram favoráveis ao prosseguimento do rito (somente um deputado, em licença médica, não compareceu).
O deputado explicou os próximos trâmites: "Já temos marcado para quarta a sessão que vai apreciar o relatório, pelos 70 parlamentares da Casa, e uma vez confirmado o relatório, a gente avança para a segunda parte do impeachment, que é a criação de um tribunal misto, composto por cinco deputados eleitos da casa, por cinco desembargadores do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do RJ) e será presidido pelo presidente do TJ do estado do RJ. Uma vez, sendo aceita a denúncia pelo tribunal misto, é feito o afastamento do governador".
Questionado sobre as pressões de ter a função de relator de um processo importante em seu primeiro mandato, Bacelar admitiu que elas existiram.
"Pressões normais de qualquer tipo de especulação. Sou um deputado de primeiro mandato, sou do interior, mas busco pautar minha vida com a maior lisura e [ser] o mais técnico possível. É natural diversos tipos de especulação, como convite para aceitar secretaria do estado, especulação de corredor, perguntando qual caminho eu tomaria, mas busquei não me manifestar, para apreciar aquela farta documentação que faz parte da denúncia, e é natural. Só me manifestei quando da entrega do relatório", afirmou, sem dar mais detalhes.
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