Ministro da Educação: fala sobre homossexualidade foi tirada de contexto
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou hoje em seu perfil no Twitter que a declaração feita por ele em entrevista nesta semana ao jornal O Estado de S.Paulo —em que atribuiu homossexualidade a "famílias desajustadas"— foi "interpretada de modo descontextualizado".
Em nota na rede social, ele pediu desculpas para aqueles que se sentiram ofendidos e reafirmou seu respeito a "todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa".
"Quanto à reportagem veiculada no jornal "O Estado de São Paulo", venho esclarecer que minha fala foi interpretada de modo descontextualizado. Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual", escreveu o ministro no Twitter.
Ele também apontou que os trechos foram publicados com "omissões parciais" e compartilhados nas redes sociais, o que agravou a "interpretação equivocada", além de modificar o "sentido real" do que ele quis expressar.
"Por fim, diante de meus valores cristãos, registro minhas sinceras desculpas àqueles que se sentiram ofendidos e afirmo meu respeito a todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa", concluiu.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para apurar eventual crime de preconceito contra homossexuais por parte de Milton Ribeiro. A requisição foi enviada ao Tribunal pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques.
A declaração
Na entrevista ao jornal, o ministro da Educação afirmou que a homossexualidade acontece em "famílias desajustadas".
"Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe", disse o ministro.
Ribeiro também argumentou, na entrevista, que a orientação sexual de uma pessoa pode ser opcional. "Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí".
Ainda tratando a orientação sexual como opção, Ribeiro disse que "respeita, mas não concorda".
O ministro citou um vídeo que teria sido gravado em uma universidade para se posicionar contra a educação sexual nas escolas.
"Dizem que é para proteger gravidez indesejada, mas a verdade é que falar para adolescentes que estão com os hormônios num top sobre isso é a mesma coisa que um incentivo. É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero", afirmou Ribeiro.
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