Pressão não abrirá escolas e prefeito não tem medo de cara feia, diz Covas
Concorrendo a um novo mandato de prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) tem a palavra final na determinação da data de volta das aulas na cidade. Ele disse hoje que não vai ceder a pressões e as escolas vão retomar as atividades curriculares somente quando a vigilância sanitária entender que é seguro, afirmou durante evento na Associação Comercial de São Paulo nesta terça.
O candidato declarou que tem a responsabilidade de zelar pela saúde de 2,5 milhões de alunos, além dos professores e demais funcionários. Em nome desta responsabilidade, Covas afirmou que não tem medo de cara feia. O sindicato de escolas particulares entrou na Justiça para as aulas voltarem em setembro. Nesta semana, um grupo de pais de alunos de escolas privadas pressionou Covas pela retomada.
O governo estadual autorizou o retorno do Ensino Médio e Superior em 8 de outubro. O Ensino Fundamental pode voltar a partir de 3 de novembro. Mas há autonomia para os municípios decidirem a data. Em São Paulo, a Prefeitura fará um censo sorológico nos estudantes de 4 anos em diante e também nos funcionários dos colégios para ter informações e tomar uma decisão mais fundamentada.
O prefeito tem dito que só haverá aula presencial quando for comprovado que não existe risco para alunos e professores. Outra preocupação é que a volta das aulas possa causar um aumento de casos, internações e mortes por covid-19.
Quando as aulas presenciais retornarem, Covas falou que as escolas públicas terão o mesmo nível de segurança das privadas. O candidato disse que enviou recursos a todos os diretores para a compra de máscaras, luvas, álcool em gel e outros materiais.
Acrescentou ainda que uma prova está sendo preparada para medir o índice de aprendizado durante o ensino a distância na pandemia. Por último, declarou que haverá aulas de reforço incluindo visitas nas casas, aos moldes do Programa Saúde na Família.
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