"Bolsonaro quer justificar o injustificável", diz Malafaia sobre Kássio
Silas Malafaia disse, na tarde de hoje, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer "justificar o injustificável", ao criticar indicação do desembargador Kássio Nunes Marques à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
E, para fundamentar as críticas, o pastor e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo mostrou documentos do julgamento de pedido de deportação do ex-terrorista italiano Cesare Battisti, ocorrido em 2015. Kássio é acusado por apoiadores de Bolsonaro de ter votado contra a deportação. Nos documentos, o nome de Kássio Nunes Marques aparece como "presidente da sessão".
"Desde quando, no mundo, alguém terrivelmente da direita vota a favor de um terrorista, comunista e assassino? Em lugar nenhum! Aqui está o voto do indicado para o STF a favor do terrorista. O Presidente quer justificar o injustificável. Vergonha total!", escreveu Malafaia, nas redes sociais.
Malafaia também rebateu às críticas feitas por Bolsonaro, que definiu como "uma covardia o que estão fazendo com ele [Kássio]". Na ocasião, o presidente disse ainda que a indicação está mantida, a não ser que apareça algum "fato novo gravíssimo" contra o indicado, o que acredita que não vai acontecer por ter pesquisado a vida dele.
"Covardia? É alguém votar na direita e o eleito colocar um camarada da esquerda no STF. Nomeado por Dilma, apoiado por toda a esquerda , e por um dos maiores inimigos de Bolsonaro , o presidente da OAB. Sou aliado, não alienado! Totalmente livre para emitir minhas opiniões", disse Malafaia.
Quais são os próximos passos?
A indicação de Kassio Nunes Marques por Bolsonaro foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Para assumir o cargo, ele terá de passar por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e ter o nome aprovado no plenário da Casa.
Quando a mensagem com a indicação chegar ao Senado, a Mesa Diretora a despachará para a CCJ. A presidente da comissão, senadora Simone Tebet (MDB-MS), deverá indicar um relator e os membros do colegiado poderão deliberar sobre a indicação.
Normalmente, uma sessão é usada para a leitura do parecer, com pedido de tempo para análise, e em outra sessão, é realizada a sabatina com a votação do nome do indicado. Sendo aprovado na CCJ, o nome segue para análise do plenário.
Por causa da pandemia do coronavírus e da suspensão da maioria das atividades no Congresso Nacional, o Senado realizou processos semelhantes de forma semipresencial. No caso, a vista coletiva não foi utilizada e o parecer apresentado com maior antecedência.
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