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Acabar com corrupção seria autoextermínio para Bolsonaro, diz Flávio Dino

23.jan.2010 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante entrevista ao UOL e à Folha de S.Paulo - Kleyton Amorim/UOL
23.jan.2010 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante entrevista ao UOL e à Folha de S.Paulo Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/10/2020 11h10Atualizada em 15/10/2020 13h14

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria de promover uma "espécie de autoextermínio" se quisesse acabar com a corrupção no Brasil.

Em publicação nas redes sociais hoje, Dino comentou sobre a apreensão de dinheiro na cueca do agora ex-vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal ontem.

"De um jeito inusitado, a verdade, mais uma vez, derrotou uma mentira de Bolsonaro. Ele sabe onde a corrupção está, sempre bem perto dele, nos círculos mais íntimos do seu transitório poder. Bolsonaro, acabar com a corrupção seria uma espécie de autoextermínio", escreveu Dino.

Na semana passada, Bolsonaro afirmou ter acabado com a Operação Lava Jato, porque, segundo ele, "não existe mais corrupção no governo".

"É um orgulho, uma satisfação que eu tenho de dizer a essa imprensa maravilhosa nossa, que eu não quero acabar com a Lava Jato... Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo", disse o presidente.

A declaração gerou reações de políticos e também do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que participou da Lava Jato quando era juiz em Curitiba.

"As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?", escreveu Moro nas redes sociais.