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Mário Frias faz cateterismo e 'se recupera bem' após princípio de infarto

Frias colocou dois stents, uma mola metálica que mantém as paredes da artéria obstruída abertas - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Frias colocou dois stents, uma mola metálica que mantém as paredes da artéria obstruída abertas Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Anaís Motta e Carla Araújo

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

11/12/2020 16h26Atualizada em 12/12/2020 07h34

Secretário especial da Cultura, Mário Frias, 49, deu entrada hoje no Hospital Santa Lúcia Norte, em Brasília, com um princípio de infarto, segundo nota divulgada pela Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) da Presidência da República.

Frias passou por um cateterismo e colocou dois stents, uma espécie de mola metálica que mantém as paredes da artéria obstruída abertas. Ele segue internado e se recupera bem, ainda de acordo com a Secom.

Na quarta-feira (9), o secretário passou a cancelar os seus compromissos porque apresentava sintomas de covid-19. Ainda não foi confirmado se ele foi infectado pelo coronavírus. Ontem, ele teve cinco eventos em sua agenda, mas hoje não tinha compromissos oficiais.

O cateterismo tem duas funções: primeiro, ele é usado como um exame, geralmente para diagnosticar doenças nas artérias coronárias. Depois, se identificada alguma lesão, o procedimento leva o stent até o local obstruído.

No cateterismo, um cardiologista intervencionista faz uma pequena incisão no punho ou na virilha e insere um cateter que percorre um vaso sanguíneo até chegar ao coração. Tudo é feito com a ajuda de uma espécie de raio X, chamada fluoroscopia, uma técnica de imagem que auxilia a subida do cateter até a artéria coronária.

Sucessor de Regina Duarte

Mário Frias foi nomeado secretário da Cultura em 19 de junho, substituindo Regina Duarte, que ficou apenas dois meses no cargo. Durante esse período, a atriz foi criticada por não dar expediente em Brasília — ela optou por trabalhar em São Paulo, perto da família — e por não agir com pulso firme em relação a temas importantes para os bolsonaristas do núcleo ideológico do governo.

A indicação de Frias foi antecipada por Carla Araújo em sua coluna no UOL. Segundo a jornalista, um dos fatores que levaram à saída de Regina foi uma suposta inércia da atriz no combate ao "esquerdismo". Ela foi acusada de ser conivente com a presença de assessores e funcionários dentro da Cultura que, em tese, seriam alinhados a ideologias opostas às que Jair Bolsonaro (sem partido) defende.

Frias, porém, é apoiador ferrenho do presidente nas redes sociais. Mesmo antes de seu nome começar a ser ventilado, o ator já demonstrava interesse em assumir a Cultura, como disse em entrevista à CNN Brasil.

"O que o Jair precisar, estou aqui. Pelo Brasil, faço o que for preciso. Respeito o Jair demais. Vejo o Brasil com chance de ser um país digno, respeitado, honesto, com uma democracia forte e consolidada", declarou ele na ocasião.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A princípio, a Secom divulgou que Mário Frias havia sido internado no Hospital Santa Luzia, na Asa Sul, mas corrigiu a informação pouco tempo depois. O secretário está, na verdade, no Hospital Santa Lúcia Norte, na Asa Norte. O texto foi atualizado.