Abin volta a negar produção de relatórios para ajudar Flávio Bolsonaro
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) voltou a negar que tenha produzido relatórios em ajuda ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), no caso Queiroz, investigação para saber se houve um esquema de "rachadinha" na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), enquanto o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era deputado.
Em nota, a agência reconhece o papel fundamental da imprensa perante a sociedade, mas diz que as "matérias jornalísticas acusam a existência de relatórios da ABIN ou do Diretor-Geral" com supostas instruções de defesa de parlamentar federal "faltam com a verdade".
"Nenhum relatório foi produzido com tema, assunto, texto ou o título exposto, tampouco a forma e o conteúdo dispostos correspondem a relatórios confeccionados por servidores em atividade na ABIN". A negativa foi dada após a publicação de reportagens nas revistas Época e Crusoé sobre o caso.
A Abin disse ainda que nenhum documento ou informe de defesa em processo criminal foi transmitido por qualquer meio para Flávio Bolsonaro ou para os advogados de defesa do senador por meio do diretor-geral, coordenadores ou assessores da agência.
"A imputação por qualquer pessoa de vinculação dos supostos relatórios à ABIN ou ao Diretor-Geral é equivocada ou deliberadamente realizada com objetivo de desacreditar uma instituição de Estado e os servidores que compõem seus quadros", diz outro trecho da nota.
GSI também nega produção de relatório
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), comandado pelo ministro-chefe Augusto Heleno, negou mais de uma vez que a Abin tivesse produzido relatórios em favor de Flávio. A manifestação do GSI foi encaminhada na última terça-feira (15) ao STF (Supremo Tribunal Federal), atendendo a uma determinação da ministra Cármen Lúcia.
Reportagem revela 'Abin paralela'
A nota divulgada pela Abin acontece no mesmo dia em que a revista Época publicou uma entrevista com a advogada Luciana Pires, que representa Flávio Bolsonaro.
Na reportagem, ela afirma que recebeu da Abin recomendações na tentativa de anular um inquérito no qual o parlamentar é investigado por supostamente ter desviado dinheiro do salário de assessores quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. À revista, Luciana disse que não seguiu os conselhos, por estarem fora de seu alcance.
Também hoje, a revista Crusoé publicou uma reportagem sobre o suposto auxílio da Abin. O texto diz que mensagens comprovam que foi Ramagem que encaminhou os relatórios com recomendações para Flávio, e que os textos foram preparados por uma unidade interna da Agência que atua paralelamente e é comandada por Marcelo Bormevet, segundo a revista amigo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e ex-integrante da equipe de segurança Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018.
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