Bolsonaro diz que país 'está quebrado' e ataca mídia: Terão que me aguentar
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, que "o Brasil está quebrado" e que não "consegue fazer nada". Em seu primeiro dia de trabalho em 2021, Bolsonaro também voltou a atacar o trabalho da imprensa e disse que será preciso "aguentá-lo" até o final de 2022, quando seu atual mandato será encerrado.
"Vão ter que me aguentar até o final de 22, pode ter certeza", disse Bolsonaro, ao ser elogiado por um apoiador que pedia para ele continuar "fazendo o que estava fazendo". Pouco antes, na mesma conversa, Bolsonaro criticou a imprensa sem ser específico, falando em "trabalho incessante de tentar desgastar" o governo, o que teria como objetivo a volta de "alguém para atender os interesses da mídia".
O presidente mais uma vez minimizou a pandemia do novo coronavírus, dizendo que ela "é potencializada pela mídia" e atrapalhou os planos econômicos do governo.
"Chefe, o Brasil está quebrado, não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de renda? (mas) teve nesse ano (2020) esse vírus potencializado pela mídia que nós temos", afirmou Bolsonaro a um apoiador na saída do Palácio da Alvorada.
Isenção do Imposto de Renda: promessa de campanha
A ampliação da isenção do IR é uma das promessas de campanha de Bolsonaro que nunca saíram do papel. Em 2019, o presidente chegou a retomar o assunto algumas vezes ao afirmar que a ampliação estava sendo estudada pelo governo.
Atualmente, quem ganha até R$ 1.900 por mês está isento de declarar o IR. Bolsonaro já chegou a dizer que gostaria de aumentar a isenção da tabela do IR para quem ganha até cinco salários mínimos até o final de seu mandato (hoje, R$ 5.500). A ideia, contudo, já enfrentava resistência da equipe econômica ainda em 2019, quando as contas do governo não estavam afetadas pela crise do novo coronavírus.
Mais de 196 ml óbitos causados pela covid-19
As declarações de Bolsonaro ocorrem em um momento em que a pandemia recrudesce no Brasil. Foram 707 óbitos em média nos últimos sete dias
Na última quinta-feira (30), o país registrou o maior número de mortes em apenas um dia desde agosto (1.224), consolidando o aumento na curva de óbitos que vem apresentando desde meados de novembro. Na semana passada, foram três dias consecutivos de mortes acima de mil. Ao todo, o país registra 196.591 óbitos causados pela covid-19.
Desde o começo da pandemia, 7.754.560 pessoas foram contaminadas no Brasil, sendo que o governo está pressionado pelo atraso no início da vacinação em relação a outros países do mundo. O país ainda não tem uma vacina autorizada a ser utilizada na campanha de imunização, ainda sem data prevista para início.
(Com Estadão Conteúdo)
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