Baleia minimiza racha no PSL em disputa na Câmara: 'Já era esperado'
O candidato à Presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) minimizou hoje o racha na bancada do PSL quanto a quem apoiar na disputa pelo comando da Casa a partir de fevereiro.
Ontem à noite, parte do PSL anunciou que decidiu migrar para o bloco do candidato Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo Palácio do Planalto nos bastidores. Assim, esses parlamentares deixam de seguir a orientação oficial do PSL, que era de apoiar Baleia Rossi, cuja candidatura tem o respaldo do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A ala que decidiu apoiar Lira é identificada dentro do partido como bolsonarista. São 32 deputados - dos 53 que compõem o PSL na Câmara - que assinaram uma lista de adesão divulgada no início da noite por Vítor Hugo (PSL-GO).
"Isso já era esperado, porque são os parlamentares que são alinhados com o governo federal. Não há nada de novo. O que há é um desespero do lado de lá, porque eles têm um bloco minoritário e precisam cada vez mais reafirmar que têm competitividade", afirmou Baleia Rossi em Teresina, no Piauí, ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas.
O problema em relação ao apoio dessa ala é que 17 desses parlamentares estão suspensos na Câmara por terem sido punidos pelo PSL e precisarão de um aval da Mesa Diretora para que o suporte seja realmente ratificado. Desta forma, restam apenas 15 deputados aptos a migrarem de bloco e oficializarem o apoio ao candidato preferido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Atualmente, a Câmara só considera como integrantes da bancada do partido 36 dos 53 deputados filiados à legenda.
Em nota, o PSL afirmou que a lista apresentada por Vitor Hugo "carece de legalidade" e que foi feita para "conturbar o cenário político". O partido convocou uma reunião da sua Executiva nacional para a próxima terça-feira (12) para tratar de "assuntos internos".
O bloco de Baleia Rossi conta hoje com 11 partidos, tanto de centro quanto de esquerda - MDB, PSDB, DEM, PSL, Cidadania, PT, PSB, Rede, PCdoB, PDT e PV. As siglas somam 261 parlamentares.
Baleia esteve em Teresina para conversar com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e parlamentares do estado ao lado de Rodrigo Maia e aliados.
Segundo a assessoria de Baleia, 6 dos 10 deputados federais do Piauí estiveram na reunião com o candidato. Dois desses deputados no encontro pertencem a partidos do bloco que apoia Arthur Lira.
Lira também viaja pelo país em busca de apoio e hoje está em Cuiabá, no Mato Grosso. Ele reúne 196 parlamentares nas siglas que o apoiam - PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, Pros, Patriota, PSC e Avante.
Como o voto é secreto, isso possibilita mudanças de opinião na hora da votação de ambos os lados.
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