Veja diz que Bolsonaro culpa Pazuello, e Maia chama presidente de 'covarde'
A coluna Radar de hoje, publicada na revista Veja, afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpa o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, pela perda de popularidade e atraso na campanha de vacinação do Brasil.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), compartilhou a notícia no Twitter e criticou diretamente o presidente: "Bolsonaro é covarde". Mais tarde, ele ainda apontou que Bolsonaro é o culpado pelas mais de 200 mil mortes em decorrência do coronavírus no Brasil."
O jornalista Robson Bonin, no texto publicado no Radar, diz que Bolsonaro está irritado com as cobranças nas redes sociais pelo atraso da vacina contra a covid-19.
A coluna afirma que, na reunião ministerial desta semana, Bolsonaro chegou a afirmar — meio brincando, meio à vera — que a pandemia "baqueou Pazuello e ele não dá conta de mais nada".
Segundo a revista, apoiadores do presidente dizem que o discurso que sustentava Pazuello no cargo acabou. A fala inflamada do general na última quinta-feira (7), criticando a imprensa, teria agradado ao chefe do Executivo, mas aliviado só um pouco a impressão.
Pazuello ocupou o cargo interino de ministro da Saúde após a saída de Nelson Teich, em 15 de maio de 2020. Em setembro, o general assumiu como efetivo.
Maia x Bolsonaro
Ontem, Maia já tinha entrado em conflito com Bolsonaro após o presidente falar sobre a união entre ele e deputados do PT em apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara. Nos bastidores, Bolsonaro apoia a candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão.
"Não me surpreende que o presidente Bolsonaro critique a união de partidos em apoio à candidatura de Baleia Rossi à presidência da Câmara. Só compreendem o nosso gesto aqueles que defendem a democracia antes de tudo. Aqueles que respeitam diferenças e valorizam o diálogo", escreveu Maia, em seu perfil nas redes sociais.
Mais cedo, Bolsonaro questionou a união entre Rodrigo Maia e deputados do PT em apoio à candidatura de Rossi à presidência da Câmara. N ocasião, Bolsonaro citou o voto favorável de Maia ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e caracterizou a suposta mudança de lado do deputado como um "jogo de poder".
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