Após MDB rifar Simone, Lasier decide se candidatar à Presidência do Senado
Após o MDB preterir a própria candidata à Presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), que conta com o apoio formal da bancada do Podemos, o senador Lasier Martins (Podemos-RS) decidiu que vai se lançar na disputa pelo comando da Casa.
Lasier apoiava Simone publicamente, seguindo seu partido, mas nutria a possibilidade de se lançar candidato. Como o Podemos decidiu continuar ao lado de Simone, com respeito a votos divergentes e sem candidato oficial próprio, Lasier se lançará de forma avulsa.
"Vou concorrer como anticandidato sabendo que a dificuldade é muito grande", disse Lasier à reportagem. Ele estima que conseguirá até seis votos.
O Podemos anunciou apoio à Simone, mas deverá entregar a ela, no máximo, sete votos de seus nove senadores. Marcos do Val (Podemos-ES) e Romário (Podemos-RJ) já haviam indicado que ficariam ao lado de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem por trás o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Outro senador do Podemos tido como "indeciso" é Styvenson Valentim (RN).
Quando a candidatura de Simone foi abalada pela negociação do MDB com Alcolumbre (DEM-AP), o líder do Podemos na Casa, Alvaro Dias (PR), avisou a senadora que, se ela se tornasse uma candidata independente, o partido poderia ter alguém da bancada se lançando na corrida. Alvaro não pretende disputar o pleito.
Lasier Martins critica a condução de Alcolumbre à frente do Senado e afirma que este tem contado com o apoio do Palácio do Planalto para ganhar votos para Pacheco.
"Eles falam muito em independência de Poderes, mas que independência é essa, se o presidente do Executivo está interferindo na eleição do Legislativo? Isso aí é submissão, dependência, compromisso. Isso fere a independência dos Poderes. Vou concorrer para mostrar essas coisas ao eleitorado brasileiro", afirmou.
Além de Pacheco, Simone e Lasier, se colocam como candidatos à Presidência do Senado Major Olímpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Lasier afirma que sua candidatura não é por "vaidade ou interesse pessoal", mas em defesa do Senado, porque a Casa "está sendo muito aviltada".
Para ele, Alcolumbre promoveu um "absolutismo". "Ele mandou e desmandou, sempre como dono da pauta. Jamais reuniu a Mesa do Senado. Jamais, em dois anos. Isso tem que acabar. O Senado é um colegiado."
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