Às vésperas da eleição, Baleia sinaliza apoio a auxílio com piso de R$ 300
A dois dias da eleição na Câmara, o emedebista Baleia Rossi (SP), candidato do bloco articulado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou hoje que apoiará o debate sobre a prorrogação do auxílio emergencial — socorro financeiro criado em razão dos impactos da pandemia do coronavírus.
O parlamentar recebeu formalmente um documento, elaborado pelo Cidadania e com endosso de partidos da oposição, que sugere fixar um piso de R$ 300 reais e ampliar a vigência do benefício por mais seis meses.
O congressista não se disse abertamente favorável ou contrário ao texto elaborado pelo Cidadania e entregue na manhã de hoje pelo líder do partido, Arnaldo Jardim (SP), e pelo presidente, Roberto Freire. A iniciativa contou com o endosso e a participação de siglas da oposição, tais como PCdoB, PSB e Rede.
Na versão dele, o compromisso firmado é de colocar em pauta "todos os bons projetos para que tenhamos um auxílio emergencial". Entre eles estaria o do Cidadania, que estima um custo base de R$ 18,9 bilhões por mês e, ao longo do período de seis meses, R$ 114 bilhões.
A ideia de prorrogação do benefício é completamente rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na avaliação do Executivo, retomar o programa de transferência de renda "quebraria o Brasil". O governo também ressalta que a medida implicaria em possível ato de irresponsabilidade fiscal, pois extrapolaria o teto de gastos.
Os parlamentares pró-auxílio argumentam, por outro lado, que o benefício poderia ser ampliado com a liberação de crédito extraordinário e, dessa forma, não consistira em desrespeito ao teto de gastos.
Brasileiros voltaram a passar fome, diz Baleia
Após a entrega do documento, Baleia declarou que foi um dos primeiros a "levantar a importância do auxílio", à época do lançamento de sua candidatura, e que a prorrogação do programa pode simbolizar um acolhimento "a milhões de brasileiros que voltaram a passar fome e a ter dificuldades".
A realidade é que, depois dessa pandemia, o Brasil ficará mais pobre. O desemprego vai aumentar. As dificuldades serão enormes. Nós temos que ter um olhar para acolher esses milhões de vulneráveis."
Baleia Rossi
"Entendemos que um governo que não olha para seus miseráveis não tem sensibilidade. Portanto, se Deus me der a oportunidade de ser presidente da Câmara dos Deputados, fica o nosso compromisso com a Cidadania e com toda a nossa frente ampla de analisarmos todos os bons projetos para que tenhamos um auxílio emergencial.
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