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Após ameaçar judicialização, bloco de Lira aceita PT no bloco adversário

Baleia Rossi (MDB) e Arthur Lira (PP) disputam hoje a presidência da Câmara - Reprodução
Baleia Rossi (MDB) e Arthur Lira (PP) disputam hoje a presidência da Câmara Imagem: Reprodução

Kelli Kadanus

Colabroração para o UOL, em Brasília

01/02/2021 16h07Atualizada em 01/02/2021 18h54

Depois de aliados do candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL) ameaçarem ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o bloco adversário, de Baleia Rossi (MDB-SP), o deputado afirmou que não vai "tumultuar" a eleição. Ele é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Nós não vamos tumultuar o processo de escolha do próximo presidente da Câmara e dos integrantes da mesa. Nós vamos participar e vamos ganhar essa eleição", disse Lira, após reunião do colégio de líderes.

O impasse em torno do bloco de Lira ocorreu porque houve atraso no registro.

O prazo era até as 12h, mas o PT alega que uma falha no sistema que só possibilitou a entrada da legenda no bloco às 12h06.

O mesmo teria ocorrido com o registro do bloco pelo MDB, que só teria entrado no sistema às 13h35. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deferiu o registro e os deputados que apoiam Lira questionam a decisão.

Ciro Nogueira (PP) disse que ir ao STF contra o registro "é uma opção". O deputado Marcos Pereira (Republicanos), integrante do bloco de Lira, disse que pode ser convocada uma reunião da Mesa Diretora da Câmara para resolver o impasse.

A discussão em torno do tamanho dos blocos é importante porque eles definem a ordem para os partidos ocuparem outros dez cargos da Mesa Diretora.

Da forma como estão os blocos, a divisão dos cargos fica da seguinte forma:

  • 1ª vice-presidência: PL;
  • 2ª vice-presidência: PSD
  • 1ª secretaria: PT;
  • 2ª secretaria: PSDB;
  • 3ª secretaria: PSL
  • 4ª secretaria: Rede
  • As quatro suplências ficarão com Republicanos, PDT, PSC e DEM.