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Senado: MDB fica com 1ª vice-presidência da Mesa, após acordo com Pacheco

Novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fez acordo com o MDB, que retirou apoio à candidatura de Simone Tebet - Waldemir Barreto/Agência Senado
Novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fez acordo com o MDB, que retirou apoio à candidatura de Simone Tebet Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado

Natália Lázaro

Colaboração para o UOL, em Brasília

02/02/2021 18h55Atualizada em 03/02/2021 08h15

O Senado Federal votou na tarde de hoje a composição da Mesa Diretora da Casa. A sessão ocorreu um dia após a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como novo presidente do Congresso Nacional. Com 73 votantes, o plenário decidiu dar a primeira vice-presidência ao MDB, com Veneziano Vital do Rego (PB) no posto, por 40 votos. Na segunda vice-presidência, quem assume é o senador Romário (RJ), do Podemos.

Assim como na sessão que definiu Pacheco como novo presidente, o voto foi impresso, por cédulas, e secreto. Confira a formação da nova Mesa Diretora do Senado Federal:

  • Primeiro vice-presidente: Veneziano (MDB-PB)
  • Segundo vice-presidente: Romário (Podemos-RJ)
  • 1º secretário - Irajá (PSD-TO)
  • 2º secretário - Elmano Ferrer (PP-PI)
  • 3º secretário - Rogério Carvalho (PT-SE)
  • 4º secretário - Weverton (PDT-MA)
  • 1º suplente - Jorginho Mello (PL-SC)
  • 2º suplente - Luis do Carmo (MDB-GO)
  • 3º suplente - Eliziane Gama (Cidadania-MA)
  • 4º suplente - vago, será decidido posteriormente.

Por tradição, a eleição da Mesa ocorre de acordo com a proporcionalidade de cada partido. Mas é comum haver a troca de cargos e negociação de postos, quebrando a regra da Casa.

Acordo de Pacheco com o MDB

Ainda em campanha, o senador Rodrigo Pacheco havia combinado os cargos da Mesa com as legendas que oficializaram apoio e votos da bancada. O objetivo de Pacheco, então, seria comparecer à sessão com bloco fechado para votação dos postos, como ele mesmo afirmou antes da votação, priorizando legendas.

Porém, um impasse correu com a primeira vice-liderança, ficando pendurada entre o MDB e o PSD. Os outros partidos conseguiram acordar com Pacheco, e apenas um nome por cargo foi votado na Casa.

Com a retirada do apoio do MDB à candidatura de Simone Tebet (MDB-MS), Pacheco prometeu a primeira vice-presidência à legenda. Porém, o ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), que apadrinhou o novo chefe da Casa, havia acordado com o PSD que a sigla manteria os postos da Mesa e das Comissões.

Na manhã da votação, os parlamentares conversaram internamente e decidiram que só abririam mão do posto com a troca por secretarias, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O PSD conseguiu colocar Irajá (TO) como único nome à 1ª secretaria.

No discurso, o nome do PSD, Lucas Barreto (AP), citou o coligado Otto Alencar (BA), que está na reta de uma das Comissões, em acordo por liberar o MDB para a vice. Já Veneziano Vital do Rego (PB), indicado pelo MDB, lembrou que a sigla merece o posto pela proporcionalidade, pois, por tradição, os postos são distribuídos de acordo com o número de senadores por partido. Ambas falas foram uma alfinetada ao presidente Pacheco, para relembrar as negociações anteriores.