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Racha no PT leva disputa pela segunda secretaria da Câmara ao 2º turno

03.fev.2021 - Sessão para a eleição da Mesa Diretora na Câmara dos Deputados, em Brasília - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
03.fev.2021 - Sessão para a eleição da Mesa Diretora na Câmara dos Deputados, em Brasília Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Kelli Kadanus

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/02/2021 12h59

O racha na bancada do PT na Câmara levou a decisão sobre quem vai ocupar a vaga do partido na Segunda Secretaria da Câmara para o segundo turno. Marília Arraes (PT-PE) vai disputar a vaga com João Daniel (PT-SE).

Daniel é o indicado oficial do PT para a vaga. O nome dele foi indicado depois de uma votação apertada na bancada. Foram 24 votos a favor dele e 22 a favor de Marília, que havia lançado candidatura avulsa já na segunda-feira (1). A bancada decidiu que não haverá candidatura avulsa, mas Marília se lançou na disputa à revelia do partido.

A escolha por Daniel foi uma vitória da ala mais à esquerda do PT, que alegava existir um acordo político para que um representante do grupo ocupasse o cargo na mesa nesta eleição. Já a candidatura de Marília é defendida pela ala chamada CNB (Construindo um novo Brasil), mais pragmática. Ela também foi incentivada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a sair como candidata avulsa. Marília fez 172 votos no primeiro turno e Daniel, 166.

Ontem, em uma reunião no colégio de líderes para resolver o impasse criado por Lira após anular a eleição de segunda-feira (1), os partidos haviam concordado que os deputados votariam nos candidatos oficiais das legendas na eleição de hoje para a mesa diretora. Mesmo que houvesse candidaturas avulsas, o compromisso firmado no colégio de líderes era que todos votariam nas indicações oficiais.

O nome de Daniel, porém, enfrenta mais resistências na Câmara porque ele faz parte da ala mais ideológica do PT. O deputado é ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).