Eduardo Leite diz que vacina não levará Doria a ser candidato a presidente
A disputa pelo posto de candidato do PSDB a presidente do Brasil em 2022 está quente. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem sido colocado como adversário de João Doria (PSDB), governador de São Paulo. E apesar de reconhecer os méritos de Doria na compra das vacinas contra covid-19, ele não acredita que só isso será decisivo.
"O que leva alguém a ser compreendido pela população como um possível presidente da República não é apenas isso (a vacina), é um conjunto de fatores. Tem que se identificar qual é o humor da população, o sentimento, o contexto e as circunstâncias que temos e teremos no processo eleitoral para entender que a candidatura será aquela capaz de aglutinar forças para enfrentar o presidente Bolsonaro", disse Eduardo Leite, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Eduardo Leite disse que o principal mérito da compra de vacinas é do Instituto Butantan e ressaltou que, antes do governo de Doria, já existia uma relação consolidada com o laboratório SinoVac, principal desenvolvedor do imunizante. Mas elogiou Doria por saber lidar com a parceria. "A vida dele sempre foi muito ligada a isso, de interlocução com o setor privado". Porém, Eduardo insiste que uma candidatura a presidente precisa de outros méritos também.
"Precisamos de candidaturas que reúnam duas capacidades. A capacidade política e de gestão, para articular as agendas, mas tem que ter também capacidade eleitoral. Tem que ter as condições de se viabilizar eleitoralmente. Teremos candidatura do presidente, que terá as características de radicalismo, ataques, agressões. A oposição a essa forma de fazer política de Bolsonaro não é do mesmo nível. É um contraponto. É a sobriedade, a moderação, a ponderação e a sensatez", explicou o governador do Rio Grande do Sul.
Segundo Leite, ainda não é hora de definir quem será o candidato. Mas ele admite que pode disputar prévias com Doria. "Não acho que (ter prévias) significa que seja um racha. Ao contrário. Significa que o partido tem alternativas, tem lideranças capazes".
Perguntado sobre qual é a diferença de estilo político entre ele e Doria, Leite ressaltou que busca entender quem pensa diferente. Disse que pretende dialogar e tentar construir convergências. E não se arrependeu de ter votado em Bolsonaro, por causa das propostas econômicas que ele apresentava.
"Bolsonaro tinha um programa econômico que está aí colocado, pela liderança do ministro Paulo Guedes, mas com acanhadas ações do governo. A reforma tributária, por exemplo, é tímida, trata só de impostos federais. A reforma administrativa também é tímida, não alcança os servidores da ativa. E porque falta convicção do presidente", analisou Leite, que exaltou as reformas da previdência e administrativa que fez no Rio Grande do Sul.
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