"Não senti nada", diz Lula sobre ter covid-19
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, ao UOL Entrevista, que não sentiu nada ao contrair covid-19 em dezembro de 2020 durante uma viagem para Cuba.
Na entrevista conduzida pelo colunista Kennedy Alencar, Lula deu detalhes de como descobriu que estava infectado e como foi o tratamento.
"Eu não senti absolutamente nada, fiquei sabendo que eu tinha uma mancha porque fiz uma tomografia, os médicos me colocaram na veia, tomei antibióticos por dez dias e a mancha diminuiu. Cheguei no Brasil e fiz outra, a mancha tinha quase que tinha desaparecido, não senti nada. Não sei dizer os efeitos do coronavírus porque não senti nada", contou.
Lula informou que teve covid-19 em janeiro deste ano, quando já estava no Brasil. Ele havia embarcado para Cuba no dia 21 de dezembro de 2020 para as gravações de um documentário sobre América Latina. Segundo ele, todas as pessoas que estavam na viagem fizeram testes com resultado negativo no Brasil.
"Isso significa que a gente deve ter pego isso no avião. Ficamos isolados lá 15 dias, fiquei tomando antibiótico porque se detectou uma mancha no pulmão, uma pneumonia causada pelo coronavírus, e voltei para o Brasil bem", disse.
Lula ainda relatou que teve uma complicação recente. "Quando foi sábado retrasado eu comecei a sentir um mal-estar, falei com Dr. Kalil [Dr. Roberto Kalil Filho, que trabalha no Sírio-Libanês], e eles acharam que era uma bactéria. Outra vez tomei dez dias de antibióticos e agora estou em casa tranquilo, me cuidando e precavendo contra o coronavírus", disse.
"Encenação política"
Na entrevista, Lula ainda disse que recusou participar de um encontro para incentivar a vacinação da população, promovida pelo governador de São Paulo, João Doria (SP), porque se tratava de uma "encenação política". A princípio, o evento do dia 25 de janeiro deste ano marcaria também a imunização de ex-presidentes, o que não ocorreu.
"Eu não quis tomar a chamada vacina junto com ex-presidentes. Era uma encenação política que eu não quis fazer. O que eu disse é que a hora que chegasse o meu momento, quando tivesse vacina para todas as pessoas com 75 anos de idade, eu vou como cidadão normal procurar um posto de saúde e tomar vacina", disse.
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