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Eldorado (SP) diz que vai apurar vacinação de mãe de Bolsonaro

Após declarações do presidente Jair Bolsonaro que o cartão de vacinação de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, foi rasgado, a prefeitura de Eldorado (SP) informou que irá abrir sindicância para apurar o ocorrido - Reprodução/Instagram
Após declarações do presidente Jair Bolsonaro que o cartão de vacinação de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, foi rasgado, a prefeitura de Eldorado (SP) informou que irá abrir sindicância para apurar o ocorrido Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

19/02/2021 14h53

A Prefeitura de Eldorado (SP) informou que irá abrir sindicância administrativa para apurar a acusação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o cartão de vacinação de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 93 anos, foi rasgado após sua vacinação contra a covid-19.

"Aqui está o cartão de vacina da minha mãe, ela foi vacinada no dia 12 de fevereiro, primeira dose, lote tal, fabricante Oxford. 'Tá' aqui. Ela foi vacinada e o cara [profissional de saúde que aplicou a vacina] foi embora. Horas depois ele volta apavorado, chamou a pessoa que acompanha minha mãe, pegou o cartão de vacina e rasgou. Daí entrega para minha mãe um cartão escrito vacina do Butantan", comunicou Bolsonaro, ontem, durante transmissão via redes sociais.

Em relação a reclamação sobre a dose ser da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca ou a CoronaVac, do Instituto Butantan e do laboratório Sinovac, a administração municipal explica que "por motivos de sigilo de dados sensíveis de pacientes, não divulgamos e não iremos divulgar qual imunizante foi aplicado".

Ainda reiteram que "tais dados, só podem ser divulgados por autorização expressa da pessoa e/ou familiares; ou por determinação judicial. Qualquer outra fonte de informação utilizada para tal finalidade, não nos cabe afirmar ou negar veracidade".

Bolsonaro chegou a dizer que o imunizante era a "vacina chinesa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB)", e que o povo brasileiro não seria "cobaia". Em outubro, ele desautorizou publicamente o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que havia anunciado a compra de 46 milhões de doses do imunizante.

Doria, por sua vez, rechaçou as declarações de Bolsonaro alegando ser "um absurdo uma colocação como essa. Tivemos essa notícia não pelo sistema de saúde, mas pela imprensa. Não estamos preocupados se as pessoas estão tomando vacinas do Butantan ou da AstraZeneca. Não estamos preocupados se familiares do presidente tomam essa ou aquela vacina. Importante é que todos tomem vacinas. Isso nos preocupa: que todos tenham acesso às vacinas".