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Bolsonaro encerra entrevista após pergunta sobre sigilo bancário do filho

Eduardo Militão e Fabio de Mello Castanho

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

24/02/2021 13h28Atualizada em 24/02/2021 16h38

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encerrou uma entrevista hoje (24) depois que foi questionado sobre sua avaliação do julgamento que anulou parte das provas usadas para denunciar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, por desvio e lavagem de dinheiro.

Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por causa do suposto esquema de desvios conhecido como "rachadinhas" quando era deputado estadual. Mas ontem o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a decisão que autorizou a quebra de seu sigilo bancário e fiscal - provas usadas para demonstrar a movimentação irregular de dinheiro do senador.

Hoje, Bolsonaro cortou a palavra de um repórter antes de ele terminar a pergunta sobre a avaliação do presidente sobre a decisão do STJ. "Acabou a entrevista", disse o presidente, aproximando-se do microfone e saindo do local.

Bolsonaro está no Acre para sobrevoar áreas atingidas pelas enchentes e entregar vacinas contra o coronavírus. O estado está com situação de emergência e calamidade pública decretada. Segundo o Ministério da Saúde, seriam entregues quase 22 mil doses de vacinas contra a covid-19.

"Foram realizadas visitas em unidades de saúde para reestruturar o fluxo de entrada de pacientes que buscam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS)", informou a assessoria da pasta. "Está sendo feito um monitoramento diário da ocupação dos leitos nos hospitais locais e das demandas dos abrigos com estrutura de saúde para assistir à população atingidas pelas inundações."

O futuro ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que dinheiro do BPC (Benefício de Prestação Continuada) foi liberado para as famílias do Acre a fim de minorar os efeitos das cheias.

Uma comitiva de ministros e integrantes do governo estava com o presidente. A maioria deles apareceu sem máscara na transmissão da TV Brasil, apesar da pandemia de coronavírus.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chamado de "Pazuca" por Bolsonaro, disse que as vacinas vão ser destinadas, principalmente, às áreas atingidas pelas cheias. No entanto, isso não muda a distribuição prioritária aos grupos definidos no plano de vacinação: profissionais de saúde, idosos e indígenas.