Ciro vê Lula 'perseguido', mas critica corrupção: 'A mim eles não enganam'
Ao comentar as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que foram anuladas ontem pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) disse hoje que Lula foi "perseguido". No entanto, o candidato à presidência em 2018 criticou a corrupção que acredita ter acontecido durante as gestões petistas.
Em entrevista exibida no programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Ciro valorizou um lado positivo da decisão de Fachin, que anulou condenações contra Lula feitas no âmbito da Operação Lava Lato em Curitiba. Desta forma, o ex-presidente voltou a se tornar elegível, podendo se candidatar à presidência no ano que vem.
"É bom para o Brasil, que um camarada que foi perseguido", afirmou o ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, para depois ponderar sobre a corrupção nos governos de Lula e também da ex-presidente Dilma Rousseff.
"Não é que o Lula seja inocente, tem um brasileiro aqui que conhece o Lula de longa data. A ladroeira, a corrupção fazia parte orgânica do modelo de poder do lulopetismo, do governo Lula e Dilma", acrescentou Ciro.
O ex-candidato à presidência lembrou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que se tornou réu no âmbito da Lava Jato e fez um acordo de delação premiada, o ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso desde 2016, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, condenado no STF pelo crime de lavagem de dinheiro após R$ 51 milhões serem encontrados em um apartamento ligado a ele em Salvador, em 2017.
"Palocci era braço direito do Lula, é réu confesso, devolveu 100 milhões de reais. O Eduardo Cunha, quando o Lula entregou Furnas para o Cunha roubar, eu escandalizei na época. A Dilma entregou a vice-presidência da Caixa para o Geddel, aquele das malas com 51 milhões. Portanto, a mim eles não enganam", concluiu Ciro.
"Volta ao passado"
Ontem, em entrevista ao UOL, Ciro fugiu do tema em torno da elegibilidade de Lula, ainda antes da decisão de Fachin. "Não contem comigo para esse circo", disse Ciro, que considera o retorno de Lula ao poder como uma "volta ao passado".
Mesmo assim, o ex-ministro disse que a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deveria se unir para debater uma articulação para 2022. "Nós não tínhamos nada que ficar brigando entre nós", afirmou Ciro.
"Quem é o mais importante líder do campo progressista brasileiro? O Lula. Tenho humildade de reconhecer. O Lula nunca aceitou essa conversa", afirmou. "O Lula só pensa em si. Depois de se pensar no PT, o Brasil vem em décimo quinto lugar", acrescentou.
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