Políticos criticam Bolsonaro após 300 mil mortes: 'a história cobrará'
Diversos políticos se manifestaram hoje após o Brasil atingir a marca negativa de mais de 300 mil mortes provocadas pela covid-19. Com os parlamentares de oposição ao governo federal liderando as críticas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o grande responsabilizado pela gravidade que a pandemia tomou no país.
Líder da oposição no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lembrou que no dia em que o país atingiu a marca o Ministério da Saúde mudou o sistema que registra as mortes pela doença e fez com que o número caísse artificialmente.
"Mudar a forma de contagem não altera o número de mortes, não consola as famílias, não evita que mais milhares morram! A vacina, que o governo tanto negou é que evita mais mortes!", afirmou Randolfe no Twitter. "A história cobrará, mas a Justiça deve cobrar agora!", completou o senador.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) lembrou que a segunda onda da covid-19 tem se mostrado muito mais letal que a primeira e também responsabilizou o presidente da República.
"Atingimos essa marca apenas 75 dias após registrarmos 200 mil vítimas da doença no país. Este é reflexo exato de Bolsonaro e seu governo incompetente, que aposta na necropolítica e desacredita a ciência", disse Pimenta.
Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem rivalizado quase que diariamente com Bolsonaro em relação às ações de combate à pandemia, preferiu não citar o presidente e lembrou o luto daqueles que perderam familiares vítimas da doença.
"Não é apenas um número. É o tamanho da nossa tristeza e da tragédia do Brasil. Nosso coração está com todas as famílias que sofrem a dor imensa de perdas irreparáveis", afirmou Doria.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), outro político de oposição a Bolsonaro, foi na mesma linha e se dirigiu a quem perdeu pessoas próximas.
"Minha solidariedade profunda com todas as famílias e amigos das vítimas. Sigo na luta para defender a população do Maranhão e para tentar ajudar o Brasil a sair dessa página de tristeza e escuridão. Tenhamos fé e esperança", afirmou.
Ex-apoiador de Bolsonaro, o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Patriota) não poupou o presidente pela responsabilidade nas mortes.
"Estamos na frente dos EUA, que é um país maior, em média diária de mortes. Bolsonaro era responsável por conduzir a nação. Em vez disso, menosprezou a pandemia e atrasou a vacinação", afirmou Holiday, conhecido por sua atuação no MBL (Movimento Brasil Livre), do qual saiu no início do ano.
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