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Presidente da Frente dos Prefeitos diz que tem 'preocupação zero' com CPI

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette -  Agência Brasil .
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette Imagem: Agência Brasil .

Colaboração para o UOL

13/04/2021 08h37

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette, afirmou estar despreocupado com a possibilidade do Senado Federal instaurar uma CPI que inclui estados e municípios na investigação das ações de combate à pandemia da covid-19. Donizette disse ainda que foi uma fala de Jair Bolsonaro (sem partido) que "suscitou" essa inclusão.

"Nós não temos preocupação não, ao contrário de outras pessoas, não dei um telefonema pro Rodrigo Pacheco, com quem tenho uma relação pessoal, quero que ele decida de forma técnica.", disse Donizette hoje em entrevista concedida à CNN Brasil. "Acho que o presidente deve decidir de acordo com o regimento interno, de acordo com a Constituição. E a decisão que ele tomar será por nós acatada sem menor problema", completou.

No entanto, o presidente da Frente, em tom crítico ao presidente Bolsonaro, afirmou que prefeitos e governadores já estão sendo investigados localmente, e que o foco das investigações deveria ser as ações do Governo Federal.

"No meu entendimento essa CPI é um foco de investigações de atos e principalmente omissões do governo federal, que há um ano vem causando problema, na pessoa do presidente, falando que a pandemia é uma gripezinha, usando a fala que ele usou, culpando gestores locais.", disse ele.

Donizette disse também que a inclusão de estados e municípios na investigação seria uma "cortina de fumaça", e que ele vê dificuldade na execução de uma CPI tão ampla.

"O Senado já tem a prerrogativa que ele vai cuidar de verbas federais. Vamos imaginar que em uma investigação apareça lá algum estado ou alguma autoridade municipal. Ele pode ter um requerimento sugerindo a convocação.", argumentou Donizette, que afirmou "não ter grandes expectativas" no futuro da CPI.

"Lembrando que o governo continua tendo maioria nas duas Casas, a partir do acordo que o Bolsonaro fez com Centrão, ele tem essa maioria. Mesmo instalada essa CPI, a proporcionalidade respeita a proporcionalidade da Casa. Na verdade, eu não tenho grandes expectativas por ora", concluiu.